Na segunda sessão do segundo dia de “O Admirável Futuro do Ensino Superior”, a pró-reitora acadêmica da FAESA, Carla Leticia Alvarenga Leite, conduziu uma discussão sobre “Inovação Acadêmica: gerando valor e compromisso social”, com Carla Diez de Marina, diretora de Operação Internacional e vice-reitoria de Educação Continua do Instituto Tecnológico de Monterrey; e com Dale Johnson, diretor de Inovação Digital da University Design Institute – ASU (Arizona State University).

Carla Diez de Marina reforçou que as instituições de ensino superior  (IES) devem ser líderes para o futuro, assumindo um novo papel na geração de valores e de compromisso com a sociedade. “Que tipo de valores queremos contribuir para a construção de uma nova sociedade?”, perguntou ela. Em seguida, ela listou cinco aspectos importantes que têm impactado nessa mudança de direcionamento para as IES: a ideia de colocar o aluno no centro do processo de ensino e aprendizagem; o desenvolvimento de novos currículos; uma aproximação maior entre academia e mercado de trabalho; a utilização da tecnologia como instrumento de inclusão; e o surgimento desse novo papel de conscientização social para as universidades.

“As IES precisam questionar seus papéis na construção de uma nova sociedade. Temos que assumir esse compromisso”, decretou Carla Diez de Marina. Segundo ela, no centro dessa questão está a formação das profissões do futuro. “Mas como entregar para a sociedade um novo profissional que transforme de modo positivo seu entorno?”, questionou ela destacando que o papel das IES é moldar esses profissionais para que eles abracem questões éticas e morais. “É dessa forma que podemos impactar a sociedade do futuro, por meio de geração de valor e compromisso social”, afirmou decretando a importância do docente nesse processo. “É função dos professores criar um ambiente para o desenvolvimento dessa mentalidade positiva entre os alunos”, finalizou.

Dale Johnson concordou e acrescentou que para ampliar o impacto local e desenvolver o enraizamento social, as IES precisam ser vistas como um ecossistema único. “As universidades são vistas como ilhas de inovação em diferentes níveis, cada ilha funcionando como um ecossistema próprio de inovação”, explicou. Segundo ele, o problema é que é extremamente difícil passar de uma ilha para outra, e isso tem gerado ameaças e riscos para o potencial de uma jornada de aprendizagem bem-sucedida. “O que precisamos fazer é criar pontes entre essas ilhas para aumentarmos nosso compromisso social e expandirmos o ecossistema educacional. Isso será bom para os estudantes, professores e mercado de trabalho”, defendeu.

Para Johnson, as IES precisam se reinventar como um centro de aprendizagem para a vida toda. “Para isso, precisamos trazer os professores para esse movimento de transformação porque tudo depende deles”, afirmou. “As IES devem ajudá-los a entender os valores dessas transformações para construir neles a capacidade de serem mais bem-sucedidos em sala de aula”, complementou.

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