Nos três dias do X Fórum Internacional de Inovação Acadêmica, realizado pelo Consórcio STHEM Brasil, com apoio do Semesp e do Santander Universidades, foram apresentados 752 trabalhos nas áreas de Ciências Agrárias, Biológicas, Exatas e da Terra, Humanas, da Saúde, Linguística, Letras e Artes e de Engenharias.

Nesta sexta-feira (dia 12), na sessão 7, no período das 9h30 às 12 horas, e na sala 2, a coordenação dos trabalhos de Ciências Biomédicas ficou com a professora Elisa Maia Velloso Caldeira, da UnifipMoc, do Núcleo de Apoio Pedagógico e Experiência Docente (NAPED) do Grupo Afya.

“Matriz de avaliação por competências no trabalho de conclusão de curso em currículos interprofissionais em Saúde”, foi o trabalho apresentado pelo professor Rodrigo Francisco de Jesus, do Grupo Afya, que desenvolveu um estudo documental, descritivo e qualitativo para avaliar os trabalhos de TCC dos alunos por competências. “O resultado mostrou que esse modelo inovador de avaliação está bem implementado em nas IES do Nordeste e abre espaço para futuras investigações que possam medir os impactos desta matriz na formação de nossos estudantes”.

Marcelle Souza Alves da Silva, da Faculdade de Ciências Médicas de Itatinga, do Grupo Afya, apresentou o trabalho “Melhorias no processo de ensino-aprendizagem de acesso venoso periférico por meio de simuladores de baixo custo”. “O simulador, de baixo custo, facilitou para os alunos a demonstração da relação e posicionamento entre agulha e cateter durante a punção e canulação venosa para os alunos. Clareou o aprendizado e, com mais segurança, o aluno ao fazer o procedimento não oferecerá riscos para o paciente”.

“Narrativas Vivas: explorando experiências na interseção de Enfermagem, Medicina e Direito através da Biblioteca Humana”, foi o trabalho apresentado pela professora Rebecca Estórgio de Oliveira, da FESAR de Redenção, no sul do Pará. “Setembro amarelo é um tema que precisa ser abordado na faculdade, principalmente para os alunos que estão dedicando sua vida e trabalhando a saúde mental. Esse projeto veio para tentar ajudar os alunos dos primeiros semestres, que chegam na instituição de outras cidades e precisam morar sozinhos, a se sentirem mais confortáveis e apoiados, e a ter uma visão mais abrangente dos cursos de Medicina, Direito e Enfermagem. A ideia da biblioteca humana é ao invés de fazer os alunos lerem livros, aprender por meio do compartilhamento das experiências entre alunos. Foi um dia todo de trabalho onde puderam compartilhar, receber, praticar e explorar situações entre eles, conversaram com psicólogas e nós vimos que a as palavras acalentavam o coração do aluno”.

A professora Iracema Fazio e a aluna Rafaela Mameda apresentaram o trabalho “O equilíbrio entre a decisão do responsável legal e o direito do de menor”. Nós usamos os princípios da Bioética para questionar a proposta de se autodeterminar contra a escolha do menor na questão do gênero, porque o menor quer se autodeterminar do jeito que nasceu e muitas vezes os pais não aceitam que o filho faça a redignação. O médico, nesses casos, precisa ter uma posição diante do conflito e ser transparente não só com os pais como com o jovem que quer passar por um procedimento de reversão sexual”.

“Avaliação postural da UNIFIPMoc, projeto de extensão universitária realizado por alunos do Centro Universitário UnifipMoc, em Montes Claros, na Escola Estadual Felício Pereira de Araújo, e apresentado pela professora Adriana Caldeira Jorge, revelou que “65,4% dos estudantes tinham ombros assimétricos, 42,8% testaram positivo para o teste de Adams, indicando escoliose e que a protusão de ombros foi o deslinhamento mais comum (em virtude do uso de dispositivos móveis)”.

“Metodologias Ativas: a produção de desenhos com ferramentas para pequenos grupos”, apresentado pela professora Danielle Oliveira dos Anjos, do Grupo Afya, de Itabuna na Bahia, na graduação de Medicina teve como objetivo melhor a compreensão dos conteúdos apresentados pelos professores com o uso de desenhos, imagens, vídeos, entre outros. “Esse método ajuda o aluno a se desenvolver melhor do que ficar preso em leituras e melhora a compreensão dos conteúdos de Anatomia e Fisiologia”.

“IA no ensino de arquitetura e urbanismo: um paradigma a ser analisado”, foi apresentado pela professora Janice Gomes Zumba, que questionou: “se o ChatGPT está limitando os alunos no ensino ou ajudando-os. Nós queríamos entender isso para dar um novo olhar para o ensino. A educação não pode ficar fora da IA, que veio para tornar mais ágil esse aprendizado. Vimos nessa possibilidade uma grande oportunidade de vantagem competitiva nas escolas que usam a IA no aprofundamento da aprendizagem. O objetivo do estudo foi analisar a IA no processo de absorção do conhecimento dos acadêmicos e instigá-los a aprender e avaliar como a IA assume esse campo no campo técnico e teórico no mercado arquitetônico”.

O último trabalho da sessão “Metodologia Ativa na prática: fluxograma de manejo do doador de sangue” foi apresentado pela professora Jussara Pacheco, do Grupo Afya, da instituição São Lucas de Porto Velho. “O método proporcionou uma abordagem prática e dinâmica, enraizando o conhecimento teórico de uma forma mais clara e de maneira eficaz no cenário desafiador da Biomedicina”.

Na sessão 8, no período das 13h45 às 16 horas, a coordenação dos trabalhos da sala 3 ficou com a professora Daiane Pinheiro Costa da Silva da Unigranrio, do Grupo Afya.

A professora Manuella Souza de Oliveira Pereira da Unima, do Grupo Afya, apresentou o trabalho “Formação docente no ensino superior: integração de tecnologias educacionais”. “Buscamos com essa capacitação que o professor domine as tecnologias educacionais, mas o primordial é o planejamento docente, onde os professores criam estratégias para levar à sala de aula e se preparar melhor, porque as turmas são muito diferenciadas”.

“Habilidades necessárias para a atuação do líder em tempos de mudança”, trabalho apresentado pela professora Renata Aparecida Myiaabara, do IEVASP de Teresina no Piauí, na área de Gestão e Planejamento Estratégico, mostrou que é preciso desenvolver habilidades para que o líder conduza uma organização influenciando seus liderados a desempenharem e cumprirem tarefas. “Nem sempre o gestor é um líder. Quando um líder alcança o poder de influenciar seus subordinados sem ser ditador e nem liberal demais e negligente, ele atinge o que chamamos de liderança”.

A professora Sonia D. Fragozo, da UNISAUM do Rio de Janeiro, apresentou o trabalho “Conexão Favela – Assistência técnica digital: projeto de extensão para o curso de Arquitetura e Urbanismo” onde os alunos foram até uma comunidade, tiraram fotos dos ambientes, fizeram vídeos e depois analisaram as intercorrências propondo com os docentes modificações que precisavam ser feitas nas residências. “Identificamos as patologias, fomos à prática sugerindo correções necessárias, contribuindo, de forma ágil, para a melhoria da qualidade de vida desta comunidade atendida”. 

“Formação de professores: do ensino fundamental anos iniciais e anos finais, da Rede Municipal de Educação de Botucatu-SP” foi o trabalho apresentado pela professora Danielle Aline Spadim Souza, que enfatizou que “a Rede de 28 escolas municipais de Botucatu conseguiu fazer a capacitação de 540 professores do ensino fundamental e atingiu cerca de 8 mil alunos com a participação ativa dos professores, compartilhamento de boas práticas, interação entre docentes dos anos iniciais e finais e mostrando a importância do trabalho multidisciplinar”.

“Fortalecendo vínculos: o impacto positivo do acolhimento docente de uma instituição de ensino superior” foi apresentado pela professora Kelly Caroline Barros Aragão, da UninovaFAP, na área de Gestão e Planejamento Estratégico. “Fizemos um evento de acolhimento para os professores ingressantes, dando informações práticas e relevantes para o seu trabalho e proporcionando esse vínculo emocional com eles. O resultado foi que eles se sentiram valorizados e apoiados o que ajuda muito no comprometimento deles com a missão educacional”.

A professora Rita de Cássia Oliveira Ferreira, da Unigranrio, do Grupo Afya da Barra da Tijuca (RJ), apresentou o trabalho “Liderança feminina no meio acadêmico – avanços, desafios e perspectivas”. “Enfrentamos muitos desafios e barreiras nas instituições e a pesquisa revelou que em nossa cultura ainda existe muita resistência para a gestão e liderança feminina. No entanto a mulher traz inovação, aceita mais a diversidade e consegue dar conta das demandas que são colocadas em sua vida. Mas ainda é preciso avançar mais”.

“Inclusão de um aluno com surdez no curso de Medicina: desconstruindo limites para construir saberes”, foi o trabalho apresentado pela professora Leila Navarro de Santana, da Unigranrio, do Grupo Afya. “Quando fazemos a inclusão, levamos em consideração a natureza do aluno e a área de Medicina que tem muitas peculiaridades. O nosso aluno tem surdez severa e está no segundo período de Medicina, e ele não tem o domínio de libras, o que é uma experiência única. Ele é acompanhado pela nossa IES por duas intérpretes de libras e ainda temos monitorias em que ele tem prioridade. O nivelamento da linguagem é preciso ser feito e há as capacitações dos professores para essa inclusão e ainda intensificamos reuniões com a família. As vídeo-aulas para esse aluno são disponibilizados com antecedência para ele estudar e nas avaliações ele é acompanhado também pelas intérpretes. O resultado tem sido muito produtivo porque ele está se sociabilizando, ajuda os outros alunos, mas tudo isso só é possível porque ele tem muita dedicação e tem se saído muito bem”.

A professora Ana Lídia Santos de Oliveira apresentou o trabalho “Minicurso de Inteligência Artificial para professores otimizando a prática docente”, do Centro Universitário São Lucas de Porto Velho. A capacitação aconteceu para 20 professores e resultou, por meio de experiências práticas com a IA, segundo ela, em “uma melhora significativa na prática docente tornando-a mais eficaz, personalizada e inclusiva”.

“Educação inclusiva na universidade: iniciando com um olhar novo para o aluno com deficiência”, da professora Daiane Pinheiro Costa da Silva, da Unigranrio do Rio de Janeiro. “Nós temos 540 professores, muitos alunos com deficiência, e nós conversamos com esses alunos, fazemos o laudo, quais as necessidades e tudo que os alunos precisam para ter uma entrada na universidade. No entanto é preciso conscientizar também os professores com a questão da inclusão. Alunos possuem diferentes particularidades e fazemos todo um processo de conscientização dos docentes. O resultado é identificar talentos, preparar os estudantes para ambientes diversos e melhorar a reputação para a instituição”, finalizou a sessão.

Na sessão 9, no período das 16h15 às 18h30, a coordenação dos trabalhos na sala 2, ficou com o professor Luciano de Azedias Marins, do Centro Universitário de Volta Redonda.

A sessão 9 foi aberta pelo professor Guilherme Silveira Simões que apresentou o trabalho “Fermentando inovações: projetos de empresas fermentativas regionais” que desafiou alunos a proporem projetos layout de industrias fermentativas regionais e obteve como resultado a apresentação em pitch de planos de negócios que foram desde a produção de queijo de babaçu até a cachaça de cupuaçu.

O segundo trabalho da sessão foi “Correção de questões discursivas pelos pares: metodologia para o desenvolvimento e escrita acadêmica” apresentado pelo docente Ygo Yossi Lima Fonseca, que resultou na correção de 42 provas e o levantamento de pontos de atenção com os itens que produziram a maior redução de pontos. “A falta de coesão no discurso, o não atendimento ao comando da questão e os erros ortográficos foram os problemas mais encontrados nas provas”, explicou Ygo.

Em seguida a professora Francine Valenga relatou o trabalho “Experiência de imersão: uso de óculos de realidade virtual para promover aprendizagem significativa”, no qual utilizou-se do Centro de Realidade Estendida da PUC-PR para aplicar metodologias de imersão como ferramentas para preencher as lacunas de conhecimento em biologia percebida nos estudantes, o que levou à resultados como maior motivação dos discentes e contribuiu no aumento da efetividade da aprendizagem.

O quarto trabalho “Metodologias utilizadas para atuar com os gaps de aprendizado dos alunos enadistas nos cursos de engenharias”, apresentado pela docente Jayne Carlos Piovesan, teve como objetivo sanar falhas de aprendizados principalmente nos alunos que prestariam o Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes). Foi possível verificar diversas estratégias de recuperação de conteúdos que são possíveis de serem utilizadas e também as que efetivamente tiveram maior adesão. “Houve maior adesão nas estratégias realizadas dentro das disciplinas do próprio semestre e as aulas práticas também tiveram boa adesão do alunos”, ressaltou Jayne.

O professor Pedro Paulo Sena Passos apresentou “Integração e engajamento com o uso da gamificação nos cursos modulares”, que teve como objetivo gerar motivação, engajamento, autonomia e também resultados entre os alunos, o que foi alcançado, uma vez que a metodologia, que oferece “recompensas” conforme o desempenho, possibilitou altas taxas de aprovação entre os alunos disciplina.

Por fim, a professora Jayne Carlos Piovesan apresentou também o trabalho “Bancada didática para o ensino e aprendizagem prática em instalações elétricas prediais”, que destacou ter sido desenvolvido principalmente pela professora Nathalia Pimentel, que não conseguiu estar presente. O trabalho resultou no envolvimento dos alunos em todos os processos, com adesão unanime, além disso, a atividade permitiu desenvolver na prática tudo o que já estava sendo ensinado em sala de aula com teorias, conceitos e normas técnicas