Nesta quinta-feira (11), o X Fórum Internacional de Inovação Acadêmica, realizado pelo Consórcio STHEM Brasil, com apoio do Semesp e do Santander Universidades, foram apresentados trabalhos de extensão envolvendo as seguintes áreas: Ciências Biológicas, Exatas e da Terra, Humanas, da Saúde, Sociais, Linguística, Letras e Artes e de Engenharias.

Na sessão 4, no período das 9h30 às 12h30, na sala 11, os trabalhos foram coordenados pela professora Sandra Bergamini Leonardo, do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).

O professor Arthur Laércio Homci da Costa Silva conjuntamente com a professora Patrícia Uchoa, do CESUP, no Pará, apresentaram o trabalho “Autoavaliação Institucional e trabalho docente: conexões de ensino e foco na aprendizagem”. “Para nós é muito importante ouvir o professor no ambiente institucional e como ele se sente para desenvolver o trabalho em sala de aula. Fizemos uma escuta cuidadosa e com isso conseguimos ver quais os pontos que precisam ser melhorados, inclusive na gestão do curso”, disse Silva.

Em seguida, a professora Keli Starck, da UNIDEP de Pato Branco (PR), apresentou o trabalho “Formação de professores em ensino híbrido: integrando teoria e prática no contesto do ensino superior”, onde 37 professores inscreveram-se para participar do curso de capacitação. “Todos eles expressaram apreço pelo ensino híbrido e buscamos capacitar os professores para fazer o verdadeiro ensino híbrido em sala de aula, que é quando o aluno precisa ter acesso teórico por meio da plataforma e vir para a instituição já com o conteúdo estudado só para desenvolver as aulas práticas, o que muitas vezes não acontece. E o professor não pode em sala de aula pular a etapa, ou seja, assim o aluno fica obrigado para acompanhar a ler em casa o que foi solicitado”.

A professora Juliana Dalcin Domini e Silva apresentou o trabalho “Ecossistema de formação continuada docente: um olhar para o desenvolvimento de competências”, da Vitru Educação (união da Uniasselvi e da UniCesumar). “O desafio foi propor um programa que abarcou as duas marcas da Vitru que são essencialmente on-line para desenvolver as competências nos docentes. Em 2023 lançamos o Conecta, um ecossistema que oferece algo a mais aos professores com formações memoráveis e diversidade temática. Foram 88 horas e 37 formações sempre pensando em preparar o docente para um mundo em constante formação”.

“A formação docente sobre a neuroeducação e neurodidática: utilizando-se de estratégias”, foi o trabalho apresentado pela professora Barbara Moreno de Araújo, do Centro Universitário de Toledo em Presidente Prudente, que mostrou o engajamento de diversos docentes, de diferentes, áreas sobre os temas propostos. “O objetivo foi preparar os professores sobre a neurodidática, a neuroeducação e os neuromitos, e que traz com esses aprendizados ajustes nos processos de ensino e aprendizagem para os professores entenderem que cada aluno é único e aprende de formas diferentes”.

A docente Any Carolina Cardoso G. Gonçalves, da FAHESP de Paranaíba no Piauí, apresentou o trabalho “Arte terapia: uma propulsão para o bem-estar e saúde mental docente”. Sua apresentação tratou da Síndrome de Burnout e mostrou as dificuldades que os professores enfrentam, com um esgotamento físico e mental pelo excesso de atividades, e até as demandas da vida pessoal. “Pensamos em estratégias de cuidado e acompanhamento de saúde dos nossos professores e fizemos uso da arte terapia que foi uma ferramenta poderosa. Os professores por meio de pinturas e fotografias se sentiram descontraídos. Os professores ganharam presentes como viagem a um resort e a arte terapia trabalhou sentimentos de empatia, espiritualidade, trabalho em equipe e desenvolvimento do ser humano em sua integridade”.

“Gestão de competência profissional no gênero feminino a partir das tipologias de expertise – análise de uma nova realidade na formação de egressa”, apresentado pela professora Ana Karina Mendonça de Souza, da Uniredentor do Grupo Afya, mostrou como trabalhar a expertise nas egressas na formação para o mercado de trabalho por meio do NEMP – Núcleo de Empregabilidade. “O expert pode ter uma visão muito mais abrangente de mundo e em nossas oficinas temos buscado incorporar várias expertises nas mulheres para serem grandes líderes e para que possam ter propriedade e entendimentos de suas competências nas diversas áreas do conhecimento. E praticamos isso pois em nossa instituição temos várias mulheres em cargos de liderança”.

Na 5ª sessão, no período das 13h45 às 16 horas, na sala 11, a coordenação dos trabalhos ficou com a professora Lídia Medeiros da UNISUAM.

O professor José Luiz Grieco, da PUC-Campinas, apresentou o trabalho “O método e prática no componente curricular: desenho do objetivo B”. “O exercício é trabalhar, por meio do mobiliário urbano, com diferentes temas para o desenvolvimento de projetos, protótipos e maquetes e atender diferentes comunidades. Esse trabalho de extensão é uma interface entre a comunidade e o poder público e ajuda no processo de mudança dos espaços urbanos”.

“Empreendedorismo e a empregabilidade”, trabalho de extensão apresentado pelos professores Caio Guerra e Ramon Gomes, da Unigranrio, tratou das dificuldades de ex-presidiários serem inseridos no mercado de trabalho. “Percebemos que há dificuldade de algumas pessoas que passaram pelo sistema carcerário para trabalhar no campo do empreendedorismo e de uma forma legal, pois não conseguem alvarás para abrir seus próprios estabelecimentos. E nós construímos, de uma forma colaborativa, um caminho tanto ajudando-os nos trâmites mais burocráticos como em subprodutos que foram projetos de lei dialogar com a Câmara de Duque de Caxias para desburocratizar esse processo. Foi possível ter um olhar sociológico, dialogar com a comunidade e dar um resultado efetivo e concreto para a comunidade local”.

A professora Maria Luzia Carvalhido, do Centro Universitário Uniredentor, em Itaperuna (RJ), fez um relato de experiência do projeto de extensão “Mulher em Rede: construindo a cidadania”, que trata da construção de um trabalho de colaboração, solidariedade e apoio mútuo entre as mulheres, para que as relações sejam conectadas por meio de experiências e recursos e, assim, buscar a redução de discriminação de gênero. “Dividimos os alunos em equipe e cada uma foi buscar os principais problemas que afetam essas mulheres para criar a rede de apoio e garantir a cidadania, com apoio psicológico. Os temas identificados foram: violência doméstica, gravidez na adolescência, empreendedorismo feminino (não existe um programa voltado para esse público, nem de fomento e nem de capacitação no município), mulheres universitárias (a maior parte delas tem jornadas múltiplas o que levou ao Podmenina, um podcast para dar voz a essas mulheres) e portadoras de câncer de mama (fizemos parcerias com a Frente Nacional de Combate ao Câncer e hospitais, para ouvir experiências de pacientes e seus familiares para o enfrentamento ao longo da doença).  Nós percebemos que a rede ajuda a construir a cidadania mais vai além disso, inclui reconhecimento, representação e oportunidades de crescimento para essas mulheres”.

O trabalho apresentado pela professora Michele dos Santos Correa, da Unigranrio, em Duque de Caxias e Nova Iguaçu, sobre o Núcleo Multidisciplinar de Atendimento à Mulher, mostrou resultados do trabalho de extensão dos alunos de Direito. “Criado em 2019, o núcleo é voltado à mulher vítima de violência, e fizemos uma parceria com o curso de Psicologia, com o governo na questão da saúde, porque muitas vezes essa mulher que sofrem violência não faz o boletim de ocorrência, e quando ela chega nesse núcleo tem o atendimento da questão penal, mas também dos seus direitos e do lado psicológico. A intenção é fazer que esses alunos ouçam essa mulher na situação de violência para que sejam profissionais do Direito preparados para ter uma escuta diferenciada para essa mulher que sofre violência doméstica”.

A professora Maria Celia Ferraz apresentou “Empreendedorismo no mercado informal”, da Unigranrio de Nova Iguaçu. “A atividade extensionista pode modificar o aluno. Nós nos aproximamos muito de duas secretarias de Nova Iguaçu e tivemos uma dificuldade, e por essa razão adaptamos o projeto. A turma inicialmente focou na atividade de empreendedorismo na população dita camelô, um grupo vulnerável, pois estamos na Baixada Fluminense, e no decorrer do caminho os alunos perceberam que fomentar o empreendimento legalizado, ter uma inscrição e um MEI não favorecia esses trabalhadores por causa da inexistência de um CNPJ ou dos custos para isso. Adaptamos o projeto, fomentamos a legalização direcionada, orientando esse vendedor ambulante com todas as obrigações que ele terá de arcar ao empreender. O resultado foi um documentário para divulgar todas as informações sobre questões jurídicas, as relacionadas à administração e gestão de uma empresa, e estreitamos nossa relação com o poder legislativo para beneficiar essa categoria. Os alunos conseguiram brilhantemente pegar todo conhecimento teórico e aplicar na prática, dando ao aluno um empoderamento e ainda fizemos a qualificação dos ambulantes”.

“I Jornada Acadêmica de Medicina da Unigranrio – O papel transformador dos eventos científicos na educação” foi apresentado pelo professor João Marcos. Hoje vou falar sobre o curso de Medicina, e da experiência de um evento científico organizado pelos próprios alunos, a I Jornada Acadêmica de Medicina. “Percebemos que o curso de Medicina não participava das atividades e propusemos que eles criassem um evento. Os alunos se mobilizaram e criaram essa jornada científica, em 2023, e agora em 2024 é a terceira edição. Percebemos um maior engajamento dos alunos, a integração dos alunos com o corpo docente e também profissionais externos que vieram dar palestras, além de abordar conteúdos para além da formação, com atividades mais práticas, sobre a responsabilidade civil médica e o que a faculdade não ensino e o aluno precisa saber”.

“O Projeto Fasa o Bem e a ação de extensão universitária do curso de Direito: um relato de experiência”, da professora Ana Paula Silva Sotero, da Faculdade Santo Agostinho em Vitória da Conquista (BA), reúne atendimento jurídico e de saúde. “Fazemos uma listagem junto com a Prefeitura de escolas em bairros com demandas das comunidades carentes que precisam ser atendidos. Temos serviços relacionados com a medicina, parceria com a prefeitura para vacinação, e também parceria com a defensoria pública para auxiliar na orientação jurídica. Nós saímos dos muros da universidade e fazemos um trabalho voluntário com ações comunitárias, para realizar palestras nas escolas e fazer o direcionamento dos atendimentos para o Núcleo de Práticas Jurídicas na instituição. Os alunos difundem os direitos sociais para a comunidade que estão definidos em nossa Constituição e o resultado é um trabalho de sensibilização e humanização dos estudantes de Direito”.

Na sessão 3, no período das 16h15 às 18h30, na sala 4, a coordenação dos trabalhos ficou com a professora Elenir Cardoso Figueiredo, do Instituto Católico Superior do Piauí (ICESP).

O professor Carlos Cicinato Melo, da UNITPAC do Grupo Afya, apresentou  trabalho sobre o uso de gamificação e da ferramenta Kahoot, na disciplina de Fitopatologia Agrícola do curso de Agronomia. “Ao longo da pesquisa identificamos que para uma eficaz integração das tecnologias digitais na sala de aula, é imprescindível contar com uma metodologia de ensino/aprendizagem adequada e consistente e o Kahoot nos mostrou isso e os alunos ficaram muito satisfeitos”.

“Relato de Experiência: utilização do Scratch como ferramenta introdutória no ensino de algoritmos” foi o trabalho apresentado pelo professor Romário Vitorino Ferreira, da São Lucas do Grupo Afya, que falou da importância dos algoritmos e que dos 47 alunos que participaram da experiência usando o Scratch para criar algoritmos, apenas 6 foram reprovados, tendo um índice de aprovação de 87,24%.

“Relato de Experiência: avaliação interdisciplinar em ADS”, da UNIDEP de Pato Branco, foi apresentado pela professora Ligia Fragoso que mostrou que os alunos escolheram o tema crimes cibernéticos como os que extorquem pessoas idosas via grupos de whatsapp. “Os alunos discutiram diversos temas e resolveram criaram nas oficinas um manual com orientações para todas as pessoas se prevenirem contra os roubos e ainda incentivaram todos os participantes a passar para os seus familiares”.

O professor Guilherme Rocha dos Santos, do ITPAC do Grupo Afya, mostrou como as metodologias ativas aplicadas e vivenciadas por 74 alunos do segundo período do curso de Agronomia, divididos em 6 grupos, puderam atribuir sentido aos estudos do solo. “Os alunos ressignificaram conhecimentos e ampliaram saberes. E a aplicação das metodologias dinâmicas fizeram também os professores repensarem a forma de atuação em sala de aula e perceberem que é preciso estar em constante desenvolvimento”, finalizou.