No último dia 23 de outubro o Consórcio STHEM Brasil realizou o seminário online e síncrono com as educadoras do Instituto Internacional para a Educação Superior na América Latina e Caribe (Iesalq/Unesco) para tratar do tema competências digitais e as tendências da educação para o desenvolvimento sustentável.
Blanca Bernabé García, coordenadora acadêmica do Iesalq/Unesco abriu o evento apresentando a missão do instituto para, em seguida, anunciar a apresentação dos cursos online que os participantes poderiam fazer na plataforma da entidade.
“Nós trabalhamos todos esses temas que estão relacionados à educação virtual, mas que também estão relacionados aos desafios da educação no século 21. A educação virtual é um grande desafio que por conta da pandemia, quando nós tivemos que ficar em casa e foram suspensas as atividades presenciais das universidades. Isso fez com que todas as IES tenham tido que acelerar o processo de integrar as tecnologias. E um dos principais desafios que nós temos ao mesmo tempo é de manter o que seria a liderança do professor apoiando o desenvolvimento e mantendo o interesse dos alunos nestes contextos”, disse Blanca García.
Em seguida, Tatiana Molina Velázquez tratou do tema: Tendências da educação para o desenvolvimento sustentável e a cidadania global e contou como a sustentabilidade é complexa. “Precisamos cada vez mais levar o valor compartilhado entre nossas instituições e, inclusive, os nossos profissionais que se formam, possam também levar esse valor compartilhado à toda sociedade. E o que seria isso? Passar puramente de uma ação filantrópica, onde temos alguns recursos dirigidos a objetivos sociais, mas sem nenhuma integração com o modelo de negócios, para uma preocupação real em relação a um impacto positivo. E o que nós estamos procurando é gerar um valor compartilhado para todos os grupos interessados, sejam alunos, docentes, direção e para a sociedade. E nessa busca de geração de um valor, nós nos tornamos uma organização mais competitiva, e avançamos com objetivos sociais, ambientais, econômicos e de boa Governança”.
Ela ainda propôs redefinir a sustentabilidade nas instituições em um trabalho de colaboração, falou dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e das 169 metas e salientou a definição mais usada pelas Nações Unidas: “O desenvolvimento sustentável é o que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades”.
A professora Angela Hahn falou sobre as “Estratégias de liderança do professor para melhorar o aprendizado e o clima na sala de aula”. “Eu trago algumas ideias e informações sobre um tema que eu considero crucial na educação superior: a mediação entre tecnologia e educação. Nos encontramos em um mundo onde a tecnologia transformou radicalmente a forma de viver, trabalhar e aprender. O entorno nos apresenta um desafio pedagógico complexo, mas também nos apresenta oportunidades para melhor o processo de ensino e aprendizagem. Há procura por uma educação de qualidade”, afirmou.
Em seguida ela aplicou um exercício usando o www.menti.com para que os professores dessem as características de um líder pedagógico, compartilhassem as reflexões sobre como melhorar o ensino e a aprendizagem, e também sobre currículo, pedagogia, interação, motivação e construção de um novo conhecimento. E mostrou caminhos para facilitar a aprendizagem significativa em ambientes virtuais:
- Diversificação de possibilidades na produção e divulgação de materiais;
- Construção de rotas pessoais alternativas;
- Multiplicação de experiências de aprendizagem;
- Ampliação das fichas cadastrais e documentais e
- Ampliação das fronteiras de classe.
Por fim, Kely Alejandra Quiros Duarte abordou a importância das “chaves para o treinamento virtual: aprendizado ativo e integração com as TIC – Tecnologias da Informação e Comunicação”. Ela aplicou um exercício também no www.menti.com e perguntou aos docentes participantes: Qual é a capacidade que os docentes achavam mais importante de aprender a aprender?
Segundo Kely Duarte “a capacidade de aprender a aprender se inter-relaciona com a aprendizagem digital, estando todos conectados de uma forma cíclica. Temos de realizar um processo de planejamento, para que todos os alunos tenham um aprendizado contínuo para se apropriar do conhecimento. E o que nos amedronta mais é esse processo de planejamento. A competência digital se tornou hoje uma das mais importantes porque é o um conjunto de competências para que o aprendizado aconteça a vida inteira. Aprender a aprender é fundamental para o aprendizado permanente”, disse.
E para trabalhar com as TIC o docente precisa, segundo Kely Duarte,” integrar os meios digitais com as práticas educativas e diferenciar a inclusão da integração das TICs em sala de aula. A integração é quando escolhemos um novo modelo pedagógico e a inclusão é quando as TIC já estão inclusas na metodologia de ensino já utilizada pela instituição”, concluiu.
