“Inteligência Artificial no ensino híbrido: a tecnologia melhora o aprendizado” foi o tema do Módulo 3 do X Programa de Formação de Professores do STHEM Brasil, realizado nesta quinta-feira (dia 17), de forma síncrona e on-line via Zoom.

O workshop foi ministrado por Dale Johnson, diretor de Inovação Digital do Instituto de Design da Arizona State University (ASU), com o auxílio de Sasha Stinchfield, diretora de Parcerias Globais da mesma universidade, que conta hoje com cerca de 170 mil alunos, sendo 85 mil presenciais e 85 mil on-line.

Dale iniciou a aula fazendo com que os professores acessassem a tecnologia PollEV.com (plataforma on-line que permite a criação de questionários onde as perguntas podem ser facilmente respondidas). Ele pediu para os docentes descreverem, por meio de uma palavra, o sentimento de cada um sobre Inteligência Artificial. A segunda pergunta foi: Você apóia ou se opõe ao uso do ChatGPT na educação? E a resposta foi de que a maioria dos professores não apóia.

“Quando algo nos ameaça é normal nos opormos. Ao aprender a usar o ChatGPT essa insegurança deixa de existir”, disse Dale Johnson. O educador também detalhou os seis imperativos identificados pelo Instituto de Design da ASU: Ensino e aprendizagem; Soluções digitais; Pesquisa e descoberta; Liderança e cultura; Parcerias & modelos financeiros e Missão da Universidade.

A segunda atividade para os cerca de 120 professores participantes foi entrar em salas, divididas por áreas de atuação, para se conhecerem usando a ferramenta PollEV.com e comentarem o objetivo de participar do curso e utilizar o chatGPT. “Os especialistas estão preocupados como podemos utilizar o ChatGPT na educação. Talvez não vamos conseguir eliminar o nosso medo de usar essa tecnologia, mas é ideal discutir como essa ferramenta pode contribuir para a aprendizagem por meio da comparação”, salientou Dale Johnson.

O exercício seguinte foi os docentes encontrarem fraquezas e fortalezas do uso do ChatGPT na educação. “Eu encorajaria todas as IES a fazer essa discussão sobre o ChatGPT e criar uma biblioteca com as ideias dos professores para compartilharem sobre a utilização da ferramenta e também de outros temas, como as políticas que guiam o uso dessa ferramenta”, indicou.

O especialista em design também mostrou ferramentas para a criação de imagens como Canva, Nightcafe, Tome, Woohoo, Midjourney e os chatbots que usam a Inteligência Artificial como Waze, Duolingo, Google Translate, além do Open AI.

O exercício seguinte foi os professores responderem quais os riscos e benefícios da utilização do ChatGPT na educação. E a resposta foi: 2,3 dos docentes acharam benefícios e 1/3 malefícios.

Na segunda parte do workshop, Dale Johnson trouxe exemplos e artigos sobre mentiras e imperfeições pelo uso do ChatGPT. “A IA identifica a evolução dos alunos. Os estudantes vão viver em um mundo onde há IA em todos os lugares, por essa razão oferecemos um curso para os nossos estudantes de como usar o ChatGPT. A sugestão é que a IES escolha um tema relevante para a aula e peça para os estudantes argumentarem sobre o tema usando o ChatGPT. Temos de usar a IA para que os alunos pensem criticamente, desafiando-os, para que se transformem em produtores de informação e não só consumidores”, disse.

Para finalizar, Dale Johnson falou por que precisamos e o que é preciso para implementar o ensino híbrido. “O modelo híbrido habilita o sucesso do aluno. De que forma? Temos de fazer exercícios de aprendizado interativo em todas as aulas; ajudar os alunos a obter uma nota ‘C’ ou melhor; reduzir a taxa de abandono para menos de 5% e identificar alunos com dificuldades já na segunda semana do início dos estudos”.

Para Dale, “a implantação do modelo híbrido necessita de investimentos em infraestrutura instrucional, sistemas de análise de dados, sistemas de aprendizagem digital e gravação e entrega de vídeos e foco na preparação dos docentes com três tipos de treinamento: pedagogia, tecnologia e facilitação de grupos”, finalizou.