Consorciado desde 2015, o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), localizado em São Caetano do Sul, município de São Paulo, já formou mais de 30 professores multiplicadores em estratégias ativas de aprendizagem no Programa de Formação do STHEM Brasil. Quem conta as vantagens dessa parceria é Octavio Mattasoglio, presidente da Academia de Professores do Instituto, professor de Física e da disciplina Metodologia da Pesquisa Científica e Tecnológica e há 29 anos na instituição.

“Em 2015 o Instituto Mauá de Tecnologia passou por uma mudança curricular e costumo dizer que o Consórcio STHEM Brasil foi o catalisador dessa mudança. Nos filiamos no mesmo ano, com o objetivo de capacitar nossos professores em estratégias ativas de aprendizagem”, conta Octavio Mattasoglio.

Depois de 10 edições do Programa de Formação do STHEM Brasil, o educador lembra de quando o IMT participou do 1º Fórum de Inovação Acadêmica e Aprendizagem Ativa do STHEM Brasil. “Foi no Centro Universitário UniÍtalo, em Santo Amaro. Gostamos tanto do evento, que no ano seguinte nos candidatamos a sediar o Fórum, e foi um sucesso. Fizemos três sessões paralelas de  apresentação de experiências de aprendizagens ativas e o Fórum começou a mudar a mentalidade dos nossos professores, porque eles perceberam que era possível ter uma educação na qual a diversidade de estratégias de aprendizagem existia e poderia ser aplicada com os alunos”, diz o professor.

Octavio Mattasoglio comenta também que um grande diferencial do consórcio é participar das viagens técnicas internacionais, que levam delegações de professores a conhecer novas realidades educacionais. “Claro que nem tudo que é feito lá fora aplica-se diretamente para nós, mas as viagens técnicas internacionais são muito importantes para conhecermos outras realidades e ideias, além de estratégias de gestão da aprendizagem, e assim melhorar a performance de nossos educadores”.

O presidente da Academia de Professores do IMT enfatiza ainda que “ao participar do consórcio STHEM Brasil, os professores não apenas trocam seus aprendizados por meio dos cases de sucesso, mas também têm um grande amadurecimento. Ao criarmos um Comitê Científico no Consórcio, motivamos nossos professores a produzir cada vez mais cases que podem ser relatados, replicados e colaborarem na medição dos resultados desse aprendizado, aumentando a nossa produção científica. Da primeira formação até agora a soma de trabalhos aumentou muito. Fomos de 30 para mais de 300 trabalhos apresentados na última edição do Fórum”.

Além do aprendizado dos professores do IMT nas metodologias ativas do consórcio STHEM Brasil, Octavio Mattasoglio cita os avanços obtidos durante o período da pandemia. “Nossos professores evoluíram muito no uso de ferramentas e tecnologias para criar aulas remotas mais dinâmicas, com textos, vídeos e áudios, e tiveram também a ajuda do consórcio, o que para os nossos alunos também foi um aspecto muito positivo”.

O educador acredita que o sucesso de toda a mudança por que tem passado o IMT é “a pegada no ensino mão na massa”. Segundo ele, os laboratórios do instituto sempre estão abertos para qualquer professor ou aluno fazer uso. “Temos no IMT diversos laboratórios nos quais se pode desenvolver os Projetos e Atividades Especiais (PAE), as entidades estudantis, as atividades de competição, iniciação científica sempre com o objetivo de dar oportunidade e de desenvolver competências em nossos alunos”.

Por fim, Octavio Mattasoglio diz que o olhar da reitoria do IMT fez toda a diferença nesse processo, inclusive na filiação ao Consórcio STHEM Brasil. “Investir no profissional da educação se faz cada vez mais necessário. É possível notar que os professores que antes eram graduados em uma determinada matéria, como Engenharias, por exemplo, hoje estão buscando cada vez mais fazer mestrados e doutorados em Educação e escrevendo muito mais sobre o assunto, contribuindo para a evolução da produção científica no país”, conclui.