A vice-diretora de Graduação das Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT), no Rio Grande do Sul, Carine Backes Dörr, revelou em entrevista para o site do Consórcio STHEM Brasil as vantagens que a instituição teve desde que se consorciou, em 2016. A faculdade é comunitária, tem cerca de 200 professores e recebeu recentemente o conceito 5 no MEC.

“Participamos em 2015 da primeira Formação de Professores e ainda não éramos consorciados ao STHEM. Estávamos passando por uma alteração no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e naquele momento começávamos a falar em metodologias ativas e em mudar a dinâmica da sala de aula”, lembra.

Segundo Carine, “entrarmos no Consórcio com a intenção de falar com os professores sobre como introduzir inovações no dia a dia e trabalhar uma sala de aula cada vez mais inovadora, não somente em relação aos equipamentos, mas à ação docente. Nós temos uma excelente estrutura física, mas não é isso que vai fazer a diferença na formação do nosso profissional e do nosso acadêmico, mas sim o professor”.

Ela conta que a FACCAT enviou três professores para a Formação em 2016, e não parou mais. “No ano retrasado, como não tinha o deslocamento em função da Covid-19, conseguimos mandar seis professores. Neste ano quatro professores estão participando. Só que, além dessa participação, planejamos ações para que disseminem o conhecimento e compartilhem a experiência com os colegas. A cada vinda à Formação os professores fazem a multiplicação do conhecimento, e hoje já ultrapassamos essa barreira. Já faz tempo que a nossa sala de aula não é mais tradicional. A FACCAT, realmente, tem uma sala de aula diferente, e a cada participação na Formação os professores atuam de modo ainda mais qualificado dentro da sala de aula”, diz a educadora.

A segunda grande contribuição do Consórcio STHEM para a FACCAT foi na questão da inovação. “Criamos o Núcleo de Inovação Acadêmica, o NIA, vinculado à vice-direção de Graduação, composto por professores que já fizeram a Formação e que identificam as necessidades ou potencialidades para inovar, e a partir disso criam-se grupos de trabalho específicos. O NIA é composto por pessoas que conhecem muito bem a instituição, e com o Núcleo partimos para a inovação de uma forma geral em todo o sistema acadêmico, do atendimento ao aluno até a área de pesquisa e a inovação da instituição”, enumera Carine.

Outra contribuição do Consórcio, segundo a vice-diretora, é o contato entre as instituições, “além da formação do professor tem a troca, que enriquece as IES, porque conversamos sobre o que deu certo e o que não deu certo, e assim podemos adaptar para a nossa realidade”. Nessas trocas, segundo Carine, foi discutida a questão da aprendizagem por competências. “Trabalhar por competências, como fazer um currículo por competências e como fazer a avaliação foram alguns dos temas discutidos nesses encontros. Pegávamos o contato dos colegas, aprendendo de forma conjunta, porque não tem o certo ou o errado, tem o melhor para a sua realidade. E demos um salto, crescemos na questão da inovação. Inovamos o nosso sistema acadêmico, a nossa forma de fazer a gestão dos processos acadêmicos, tanto no relacionamento entre aluno e professor quanto na coordenação”, conta.

Carine destaca também que o Consórcio detectou a possibilidade de contribuir  com o desenvolvimento dos gestores. “Começamos a fazer reuniões com os gestores, mas acredito que ainda estamos ‘verdes’ nessa questão de troca na gestão e na formação dos gestores. Temos de ter uma formação específica para os gestores em todos os níveis, desde um gestor de setor até um gestor da instituição. Podemos investir mais para deixar o processo de gestão ainda mais inovador, ou mais eficiente”, afirma.

Por fim a educadora comenta sobre a questão do acolhimento ao acadêmico, que antes da pandemia já tinha problemas nas questões socioemocionais e, agora, pós-pandemia, tem dificuldades na convivência em comunidade: “É a questão do suporte psicológico e de socialização com os alunos. São trocas que fazemos com outras IES, muito ricas de experiências e de possibilidades, e que só são possíveis porque participamos do Consórcio STHEM Brasil”.