“Integrar a Inteligência Artificial nos processos de ensino e aprendizagem” foi o tema da primeira parte do 2º Módulo do curso Formação em IA para Professores do Ensino Superior: Novas Fronteiras na Educação, ministrado no último dia 22 (terça-feira), pela pesquisadora em Metodologias Ativas e Aprendizagem Ativa e Resultados de Aprendizagem, Ana Valéria Sampaio de Almeida Reis.

“O objetivo do curso é otimizar os trabalhos dos docentes e inserir em nosso meio o uso da IA generativa, uma vez que os nossos estudantes já fazem uso dessa tecnologia. É importante que nós tenhamos o domínio, o conhecimento e saibamos quais são os nossos limites com o uso desse tipo de plataforma, e com esse tipo de instrumento”, disse Ana Valéria.

A especialista mostrou como associar, por meio da criação de um prompt (um caminho) no ChatGPT, no DALL-E, uma imagem associando tecnologia ao mundo real. Para definir os objetivos de aprendizagem e competências com a inclusão de Inteligência Artificial (IA) e as atividades e evidências para os docentes identificarem as competências de pesquisa, de comunicação, de pensamento, tecnológicas e de aprendizagem autônoma, Ana Valéria pediu para os professores separarem ementas de disciplina para um planejamento do plano de trabalho de como usar a IA. “Vamos saber filtrar as informações do que o recurso trará e ao mesmo tempo validar essas informações”, explicou.

No planejamento, a especialista enumerou algumas considerações como: objetivos de aprendizagem (competências que serão desenvolvidas pelos estudantes); objeto de estudo (conteúdo); objeto de aprendizagem (recursos); metodologia (a que o professor domina ou que vá de encontro ao perfil da turma); motivação (valor); avaliação (processo); resultados (alcançados e esperados) e autoavaliação (metacognição).

“Quando nós pensamos nos objetivos de aprendizagem, automaticamente temos de pensar nos resultados que queremos chegar e, pelo planejamento reverso, nós temos de olhar para o nosso curso e se as disciplinas atendem as necessidades daquele curso no plano de mundo real em que estamos agora e de quais são os novos recursos a serem utilizados. E o que esse perfil de egresso precisa ter de diferencial para ser significativo no mercado e como profissional. Então nós temos de olhar a que resultado queremos chegar para definir esses objetivos de aprendizagem”, disse.

Por outro lado, segundo Ana Valéria, “os estudantes precisam ter a capacidade de realizar, de cumprir e de resolver todo tipo de problema, de assumir qual o tipo de desafio, ou seja, todos esses elementos estão linkados”.

Nesse ponto, a especialista disse que os docentes precisam pensar no objeto de estudo, quando é necessário pensar nos conteúdos que serão ministrados ao longo do curso e na disciplina, aula a aula. “O objeto de estudo do nosso encontro de hoje é o uso da IA como um recurso complementar para o trabalho docente. O objeto de aprendizado são os recursos que nós vamos usar; ou seja, o Zoom e, dentro dessa ferramenta, outros recursos que vão propiciar momentos de interação entre nós. Então são todos os recursos, sejam eles tecnológicos, de ambiente físico ou on-line, para estarmos interagindo com os nossos estudantes”.

A melhor metodologia de ensino a ser empregada, segundo Ana Valéria, será determinada só depois de definidos objetivo, objeto e recurso a serem usados. “Em nosso caso, que estamos on-line, vamos usar o chat e mais uma ferramenta (Mentimeter) para que depois possamos dar o feedback. Quando se trata de um ambiente presencial, para uma aula prática ou não, o melhor tipo de metodologia é a que  dominamos e que também vá ao encontro do perfil da classe. E depois vem o diagnóstico que elaboramos para buscar a melhor estratégia de aprendizagem nos processos interativos”.

No final do curso os docentes também fizeram diversos exercícios para aprender a usar ferramentas de IA generativa como ChatGPT, BardAI, Perplexity, e POE.