Caio Fanha, coordenador do International Office e de Redes de Cooperação do Centro Universitário do Estado do Pará afirmou, em entrevista ao site do STHEM Brasil, que as formações docentes do consórcio têm sido muito positivas para multiplicar o conhecimento de seus docentes em metodologias ativas e ferramentas inovadoras pelos times que desenvolvem diversos projetos em todas as áreas do conhecimento na instituição.

“Desde que entramos no consórcio, em 2015, foi um grande divisor de águas para reforçar nossas práticas e metodologias que utilizamos em nossos cursos. As capacitações foram muito positivas porque começamos um processo de enviar professores para a formação STHEM e depois nós multiplicávamos para o restante dos professores que já faziam parte do nosso time, e também todos os novos docentes que entram no Cesupa realizam o Programa de Formação de Novos Docentes que é totalmente focado em metodologias ativas, formação acadêmica, Project Based Learning (PBL), entre outros tópicos mandatórios para o contexto atual.

Outro ponto importante que avançamos foi a participação em redes de cooperação e convênios bilaterais. Neste contexto, atualmente buscamos interagir com um universo de instituições que fomos construindo em conjunto novos projetos. Fizemos já TCCs interinstitucionais (com o Instituto Mauá), desenvolvemos projetos interinstitucionais como o da Florestas Inteligentes, que é uma união do Cesupa, Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens), Centro Universitário Dom Bosco (UNDB) e Centro Universitário Newton Paiva. “Além do aprimoramento e junção técnica, metodológica, o STHEM funciona para o Cesupa muito como um celeiro de troca de aprendizado para podermos nos expor dentro de uma vitrine maior, com projetos que temos para levantar cada vez mais forte a bandeira da Amazônia, que acaba por ser um grande diferencial competitivo”.

Para Caio Fanha, “com a ajuda do consórcio conseguimos potencializar nossas práticas, atingindo resultados interessantes com inovações em nossos cursos e acreditamos que essa aproximação, essas trocas e esses momentos de colaboração entre IES são muito ricos porque ou fortalecem, ou potencializam ou criam os caminhos para as instituições melhorarem em qualidade”.

Florestas Inteligentes

O Projeto Florestas Inteligentes iniciou em março desse ano sua nova edição. “Uma das novidades desta edição é que a UNDB (Unidade de Ensino Superior Dom Bosco), do Maranhão, passa a integrar o time do projeto, como instituição apoiadora, no intuito de expandir o projeto para mais alunos e tornar a experiência para os alunos ainda mais plural, em termos de conhecimento, trocas e conexão”, diz Caio Fanha.

Realizado desde 2022, o Projeto Florestas Inteligentes desafia os participantes a criarem soluções sustentáveis que melhorem a vida de comunidades ribeirinhas da Amazônia e da Mata Atlântica. No ano passado, as três equipes finalistas desenvolveram produtos para melhorar o acesso à água tratada, por moradores da Ilha do Combu. “Costumo dizer que esse tipo de projeto pode influenciar a carreira do aluno, impactando não somente na vida deles, mas na (vida) de muitas comunidades. Dentro de um contexto da Floresta Amazônica, a ideia é mostrar que o desenvolvimento pode ser sustentável, não apenas do ponto de vista ambiental, mas, também, da sustentabilidade econômica e social, provando que é possível fazer negócios, transformar vidas e gerar empregos, mantendo a floresta em pé e preservada”, explica Caio.

Os grupos inscritos em abril no projeto integram as equipes multidisciplinares e interinstitucionais que participarão de masterclasses e workshops, onde têm a oportunidade de aprender a trabalhar com pessoas de diferentes realidades e de aprofundar conhecimentos sobre sustentabilidade, desenvolvimento ecológico, ESG e impacto positivo. Depois desse período de nivelamento, as equipes participaram do Hackathon, que foi em maio, de onde foram classificados os três grupos com os melhores desempenhos, que viajarão para São Paulo,Tapiraí (SP) e Belém, com o intuito de desenvolverem seus projetos. No dia 04 de outubro, as equipes apresentarão seus resultados e os vencedores receberão um prêmio de R$ 5 mil.