O VIII Fórum Internacional de Inovação Acadêmica, realizado pelo Consórcio STHEM Brasil, com apoio da Unifenas, apresentou nesta quinta-feira (24), de 84 resumos extendidos de docentes de diversas instituições do país, divididos em 9 salas simultâneas, nas áreas de Educação e Tecnologia, Gestão e Ações junto à Comunidade, no horário das 14h às 16h15. Durante os 3 dias de eventos serão expostos 320 trabalhos em 45 salas e os trabalhos relatados abaixo foram escolhidos aleatoriamente.

A Sala 1 tratou da temática “Ações Junto à Comunidade: Estratégias inovadoras de ação que beneficiam a comunidade externa” e teve início com a professora Anelícia Consoli apresentando o resumo expandido “Um Passo Contra a Violência Doméstica”, desenvolvido por ela com professor Mauricio Jacobi dos Santos, que tem como objetivo conferir orientação jurídica para mulheres que procuram a delegacia para denunciar a ocorrência de violência doméstica. A atividade propicia ao acadêmico o engajamento e aprimoramento prático ao mesmo tempo que minimiza a falta de amparo às vítimas de violência doméstica.

Em seguida foi discursado o trabalho “Todxs: Inclusão Social e Efetivação dos Direitos Humanos”, apresentado por Raquel Prudente de Andrade Neder Issa, que explicou que a utilização do “todxs”, com x, foi uma forma de chamar atenção para questão de identidade de gênero. O projeto, desenvolvido através de um projeto integrador, teve como objetivo debater com os alunos a efetivação dos direitos humanos na prática jurídica e social como um todo.

O 3º projeto, “TIA: TI para Acessibilidade – Rompendo Barreiras com a Tecnologia”, exposto por Miguel Gabriel Prazeres de Carvalho, reforçou a necessidade de propósitos motivadores para o desenvolvimento de projetos e apresentou os itens de acessibilidade criados em sala de aula, como uma bengala inteligente e um dispositivo de reconhecimento facial que identifica emoções, todos criados para promover a acessibilidade.

Ainda dentro do assunto acessibilidade, a professora Christiana Almeida Salvador Lima apresentou o trabalho “Surdez: Fortalecendo a Inclusão com as Mãos e a Empatia nos Serviços Odontológicos” realizado por ela em parceria com Luciana de Freitas Bica, com a finalidade de assegurar à pessoa com deficiência a acessibilidade em consultas odontológicas.

O 5º projeto da sala, “Rede Colaborativa UnesPiano – Programa de Extensão da Unesp Parceria com Ensino Fundamental Anos Finais”, desenvolvido por Anna Claudia Agazzi, trabalha a linguagem musical dentro das escolas, criando pontes entre conteúdo musical e as demais disciplinas curriculares.

A apresentação seguinte “Quem Ensina Aprende ao Ensinar”: Relato Sobre Projeto de Comunicação Social em Direitos Humanos”, feita por Diná da Rocha Loures Ferraz, tratava-se de um projeto de comunicação social em Direitos Humanos, com objetivo de publicar nas redes sociais produções audiovisuais que reflitam de maneira crítica sobre o sentido e a efetividade dos direitos humanos na realidade brasileira.

Mostrado pela professora Glenia Junqueira Machado Medeiros o “Projeto Saúde da Criança e do Adolescente – PSCA” foi idealizado dentro da liga de pediatria com objetivo de auxiliar, rastrear e melhorar a assistência à saúde da criança e do adolescente.

Em seguida, dois trabalhos trataram da obesidade. O “Projeto Leveza – UNINOVAFAPI acolhendo e cuidando da pessoa com obesidade”, apresentado por Norma Sueli Marques da Costa Alberto, e o “Projeto Crescer Saudável: Uma Ação de Extensão e Integração entre Serviço, Ensino e Comunidade”, da Silvana Alberton.

Por último, Elizane Pereira Lima Mesquita expôs o “Projeto de Leitura: Ler é Construir Pontes” que promove incentivo ao hábito da leitura.

Já na Sala 2, todos os 8 trabalhos apresentados também foram sobre o tema “Ações junto à comunidade”, com projetos e estratégias inovadoras de ações que beneficiam a comunidade externa e de instituições do Grupo Afya.

O 1º, “Design thinking na cultura de atendimento humanizado na maternidade do Hospital São João Batista (HSJB), em Volta Redonda”, a docente Valentina Rocha contou que 110 alunos das áreas de Nutrição, Odontologia e Design, em conjunto, montaram uma cartilha on-line que pode ser acessada pelo celular orientando gestantes diabéticas e hipertensas. “O objetivo foi dar dicas, com ilustrações e um projeto gráfico atrativo, de como se alimentar e controlar por meio da nutrição a diabetes durante a gestação e os cuidados que uma gestante precisa ter com os dentes e, assim, atender de forma humanizada essas mulheres, provando que pode ser bonito nascer no SUS”.  Para acessar a cartilha acesse aqui.

O 2º, “Toda vida importa”, apresentado pelos docentes Theonas Gomes Pereira e Hélio Marques de Carvalho Júnior, foi realizado em um restaurante que fornece mil refeições populares em Teresina, vinculado à Secretaria de Assistência Social, frequentado pela população de rua. “O objetivo foi acolher as pessoas na chegada e pensar na saúde mental delas. Criamos frases motivadoras que foram expostas na fila do refeitório para a campanha Setembro Amarelo, que trata da prevenção do suicídio e apresentamos vídeos. Quando a campanha acabou até os funcionários do restaurante queriam a volta das frases e vídeos motivadores”.

“Orientação Profissional para alunos do ensino médio –  UNIDEP na estrada game” foi o 3º trabalho apresentado pela psicóloga Eliziane Priscila Andolhe, que visa captar alunos e segue três trilhas de aprendizagem: saúde, inovação e orientação profissional. “300 adolescentes de 11 colégios públicos participaram dessas trilhas para criar games que levavam a importância do autoconhecimento, no processo de tomada de decisão e na implicação das escolhas profissionais. Todos concorreram a bolsas de estudos integrais e parciais”.

O docente Leonardo de Ross Rosa, responsável pelos cursos de Educação Física da Univates, de Lajeado, apresentou o 4º trabalho: “Contraturno escolar, o esporte conectando escola e universidade”. Aplicado ano passado em escolas públicas e em 82 jovens, entre 9 a 14 anos, objetiva promover a saúde desse jovens, mas também de suas famílias, e desenvolver novos talentos esportivos. “Descobrimos 4 talentos, 2 em atletismo e 2 em natação que já ganharam bolsas de estudos em escolas privadas que nos procuraram”, contou.

O 5º trabalho, “Nutricionistas da alegria: interação do lúdico às práticas educativas”, apresentado pela nutricionista Luciana Melo de Farias, objetiva de forma lúdica orientar pessoas internadas em hospitais, por meio de paródias, as formas mais saudáveis de nutrição. “Visitamos 8 hospitais, sendo 2 maternidades, e foi muito produtivo porque atendemos internados, seus familiares e até profissionais da saúde, o que possibilitou o desenvolvimento de habilidades, competências e protagonismo de nossos alunos”.

“Doença periodontal: extensão para prevenção”, 6º trabalho apresentado pela docente Ana Lúcia Roselino Ribeiro, teve como proposta alertar a perda dentária causada pela periodontia, causada pela placa dentária e uma má higienização. “Foram utilizados infográficos e criados panfletos digitais com uma linguagem simples para toda a comunidade e feitas postagens diárias no Instagram, além de vídeos divulgados no YouTube esclarecendo como prevenir a doença periodontal”.

O sociólogo Rafael Ademir Oliveira de Andrade apresentou o 7º trabalho: “Diversidade e interculturalidade crítica enquanto perspectivas extensionistas e de ensino ativo”, que surgiu com o evento Semana da Diversidade Humana,  objetivando a produção científica dos alunos e a utilização por professores dos debates com as metodologias ativas em sala de aula. “Em seis edições do evento, de 2016 a 2021, participaram criando resumos científicos alunos de Medicina, Engenharia Civil, Farmácia, Educação Física e de outros cursos de forma indireta e toda a produção foi publicada nos Anais de cada evento”.

“Dia D do ENEM”, 8º trabalho apresentado pelo psicólogo e coordenador do UNITPAC, José Leandro Felizardo Silva, objetivou atender a demanda de alunos do ensino médio que não estão preparados para o ENEM tanto com conteúdos quanto emocionalmente. “Atendemos cerca de 80 alunos com aulões e suporte psicólogo para instrumentalizá-los para ter os melhores resultados no exame”.