Nesta quinta-feira (26) teve início o primeiro dia do segundo módulo da VIII Semana de Formação de Professores do Consórcio STHEM Brasil, com a presença de mais de 200 docentes. “O engajamento dos professores sempre é fantástico nessa formação e necessário para melhoria da educação do país. A parceria com o TEC de Monterrrey, do México, é sólida e a instituição é muito eficiente na educação por competências. As nossas instituições estão crescendo muito na área de saúde, e toda vez que o consórcio solicita a formação do TEC, nós somos muito bem ”, disse o presidente do consórcio, Fábio Reis.

Zeida Sarahí Guajardo Garja, responsável pelo Programa de Atualização em Competências na unidade TEC Millenium, abriu o workshop falando sobre a definição da educação baseada em competências, as diferenças entre a educação tradicional e a baseada em competências, mostrou o modelo próprio usado pela universidade e finalizou mostrando os vários tipos de avaliação, com aplicações práticas aos docentes presentes ao evento.

“O ensino tradicional é vertical, onde o professor é protagonista, e é totalmente baseado em aprender por repetições. O objetivo do professor é fazer o estudante aprender memorizando e a avaliação é feita 100% por ele. Já a educação baseada em competências é horizontal, um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores que deve ser desenvolvido com foco no estudante e construídos ao longo do tempo. Tem uma abordagem mais holística, sistemática, pode ser implantada em qualquer nível educacional e a avalição é longitudinal, múltipla, formativa e, além do professor, os estudantes também participam dessa avaliação de uma forma ativa”, comparou a educadora.

Segundo Zeida, o Tecnologico de Monterrey, segue a educação baseada em competências e os quatro pilares da Unesco: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a ser e aprender a viver. “A educação baseada em competências do TEC objetiva o desenvolvimento integral do estudante, ainda mais em tempos de pandemia. Sua mente, espiritualidade, autonomia, responsabilidade e com maior flexibilidade. Os alunos, nessa abordagem, têm a opção de cursar determinadas matérias de acordo com suas necessidades profissionais, porque a educação por competências permite a autogestão do aprendizado”.

Um dos exemplos citados por Zeida foi o semestre empresarial, “onde o aluno tem a oportunidade de aplicar em uma empresa consorciada à universidade o que aprendeu em sala de aula e ainda propor a solução de um problema apresentado pela empresa fazendo com que a mesma tenha menos prejuízos em um processo ou ainda aplique procedimentos que possam gerar lucros”.

Em seguida, a educadora mostrou um modelo próprio de Taxonomía desenvolvido pelo TEC de Monterrey, baseado em Manzano y Kendall, dentro do qual se espera que o aluno demonstre certas habilidades e que é aplicado em diferentes programas acadêmicos da universidade. “O ensino por competências desenvolvido pelo TEC segue quatro níveis: conhecimento, consciência da existência da competência; compreensão, associa o que foi aprendido em diversos conceitos; uso, habilidade de aplicar o conhecimento em uma situação prática; e transferência, usada na pós-graduação e que tem a capacidade de desenvolver em outras pessoas o que se aprende.

Processo e avaliação

Por fim, Zeida Guarja explicou como determinar e alcançar os objetivos do processo de avaliação para se atingir a melhoria contínua dos programas educacionais do TEC de Monterrey. “Temos a autoavaliação, que é a avaliação que a pessoa faz de si mesma, o aluno de si mesmo; a coavaliação, que é feita entre pares; a heteroavaliação, que é a avaliação entre pessoas de diferentes níveis, ou seja, professor-aluno e a meta-avaliação, a avaliação da avaliação. Todas são aplicadas na universidade”.

Segundo a educadora, “a avaliação tradicional é mecânica, o professor faz toda a avaliação do estudante.  Na avaliação baseada em competências e aplicada no TEC, são definidas as condições nas quais os estudantes estão no aprendizado, por meio de rubricas que precisam estar disponíveis em uma plataforma para acompanhamento. Essa avaliação é construída por meio de diversas rubricas que podem ser avaliadas por diversos critérios e ponderações construídos em conjunto entre professores, alunos e a comunidade de aprendizagem”.

As vantagens apontadas por Zeida são: “os estudantes conseguem ser donos do processo de aprendizagem e os professores, ao ver o que funcionou ou não para os seus alunos, podem melhorar o processo de aprendizagem continuamente, além de aprender com seus estudantes”.

“As nossas instituições estão crescendo muito na área de saúde, por essa razão optamos em focar a formação também na área da saúde”, disse o presidente do consórcio, Fábio Reis.