No segundo dia do VII Fórum STHEM Brasil foram apresentados 152 trabalhos orais das 58 IES associadas ao convênio. No horário das 9h às 10h30, foram apresentados 42 trabalhos, distribuídos em 7 salas. Na sala 6, dois trabalhos chamaram atenção por terem sido desenvolvidos no período do início da pandemia: “Educação em tempos de pandemia: a necessidade de utilização de ferramentas tecnológicas”, das professoras Lilian Cristiane Moreira e Livia Naiara de Andrade e “Distanciamento Social: contribuições do curso de Pedagogia para um novo fazer educacional”, das professoras Patrícia Peixoto Carneiro Viegas e Patricia Uebe Ribeiro, ambos da Uniptan, do Grupo Afya. Os trabalhos foram coordenados pelo professor Octavio Mattasoglio Neto, do Instituto Mauá e representante do Comitê Gestor do Consórcio STHEM Brasil.

O primeiro teve como objetivo ofertar oficinas a professores de educação infantil, do ensino médio e fundamental para capacitá-los no uso de ferramentas tecnológicas no atendimento ao novo modelo educacional implantado a partir da pandemia do coronavírus. “Muitos professores que participaram das oficinas não tinham costume de usar ferramentas e os recursos apresentados como formação em Word, uso do Power Point, Google Drive, formulários, conversor de PDF, espaços de compartilhamento e colaboração e até redes sociais. E o resultado foi muito positivo porque percebemos que muitos deles estavam despreparados para conduzir aulas remotas durante a pandemia”, disse a professora Lilian Moreira.

O segundo teve como objetivo discutir a experiência desenvolvida com a implementação do Projeto Estágio Curricular Supervisionado, que propiciou espaços de atuação e intervenção remota para discentes do curso para cumprimento de carga horário exigida, em meio ao contexto remoto. “O projeto trouxe soluções que foram multiplicadas e estendidas além das cargas horárias dos discentes e fez a academia ir de encontro da educação básica, além de atender necessidades da comunidade educacional externa atuando em ambientes não escolares”, explicitou a Profa. Patrícia Viegas.

No horário das 10h45 às 12h15, divididos em 6 salas, foram apresentados 37 trabalhos sobre temas diversos. No horário das 13h30 às 15h30, divididos em 7 salas, foram apresentados 43 trabalhos. Na sala 2, o trabalho do professor Gerson Hiroshi Yoshinari Júnior, médico da Faculdade de Medicina de Itajubá (MG) detalhou o projeto “Project Based Lerning – Face Shield no contexto da pandemia Covid-19”.

“Recebemos uma demanda dos alunos para a criação de Face Shields na primeira semana de isolamento da pandemia. As interfaces foram muito importantes porque o nosso Núcleo de Inovação juntou grupos interdisciplinares de trabalho da Unifei e FMIT (Engenharia e Medicina), que se uniram para criar, produzir e distribuir gratuitamente as máscaras de proteção tipo Face Shields, com a verificação e validação dos modelos a serem produzidos buscando e respeitando a legislação específica de paramentação e biossegurança. Deu tão certo o trabalho, que acabou por se transformar em um projeto de extensão”, disse o Dr. Gerson Hiroshi.

O segundo trabalho “Problematização e sala de aula invertida no ensino odontológico em tempos de pandemia”, apresentado pelo professor Gustav Guimarães do Centro Universitário São Lucas, do Grupo Afya em Porto Velho (RO), foi colocar para 41 professores um problema, que poderia ter solução presencial, mas que teria de se desenvolver totalmente em ambiente virtual. “Para aumentar o engajamento dos alunos transferimos a aula em tempo real para um laboratório multidisciplinar onde os discentes foram estimulados a participar da resolução de suspostas situações clínicas. No final fizemos uma avaliação que resultou em um aproveitamento de 71,42% de acertos nas respostas”. A coordenação foi do professor David Garcia Penof, do Instituto Mauá de Tecnologia.

No horário das 15h45 às 17h30, divididos em 5 salas, foram apresentados 30 trabalhos. Na sala 1, a professora Sandra Belloli de Vargas, do Núcleo de Apoio e Inovação Pedagógico (NAeIP) da Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre (RS), tratou da “Sala de aula invertida em tempos de pandemia”. Seu trabalho com alunos foi com o uso da Kahoot, uma plataforma de aprendizado baseada em jogos, usada como tecnologia educacional, com testes de múltipla escolha que permitem a geração de usuários e podem ser acessados por meio de um navegador da Web ou do aplicativo Kahoot.

“Os alunos gostaram muito dessa ferramenta e dos 31 alunos que passaram pelos jogos, 24 responderam e apenas um disse que não aprendeu nesse período de aulas remotas. Acharam a ferramenta fácil, que a aprendizagem do conteúdo foi melhor mas tiveram dificuldades em conexão com a internet e no uso do celular”. Em seguida foi apresentado pelas professoras do NAeIP, Sandra Belloli de Vargas, Adriana Scherer e Débora Grivot os resultados de vários trabalhos durante a pandemia “Os professores precisaram se reinventar, aprender a aprender com muita inovação e criatividade”. A coordenação ficou a cargo da Profa. Erika M. Britto Passos, da Escola de Engenharia Mauá do Instituto Mauá de Tecnologia.

O último dia do fórum será nesse sábado (10), a partir das 10 horas, com a palestra “Engajamento de alunos, mudança na Educação do Século XXI”, do Prof. Emilio Munaro, vice-presidente de Desenvolvimento Global & Comunicação do Instituto Ayrton Senna e o Painel de fechamento do evento com as participações do presidente do Consórcio STHEM Brasil, Fábio Garcia Reis; da presidente do Semesp e da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Profa.Lúcia Teixeira, do vice-reitor de Ensino e Membro do Comitê Gestor do consórcio, Bruno de Andrade Moraes Teixeira e do vice-presidente acadêmico da Imed, William Zanella.

Programação completa e mais informações em: https://www.sthembrasil.com/7forum/