Foram dois dias de webinares preparatórios para que a VII Semana de Formação STHEM Brasil, que acontecerá de 25 a 29 de maio, funcione perfeitamente e totalmente on-line. Participaram dos webinares-teste, no dia 18, a professora  Hermila Gisela Loya Martínez, da Tecnológico de Monterrey, de Nuevo León, no México, e no dia 19, o professor Kelly Parke (foto), da Universidade de York, de Toronto, no Canadá.

A professora Hermila Martínez, que se apresentará na VII Semana no dia 29 de maio, fez uma breve apresentação do tema “A arte de projetar desafios de aprendizagem no modelo TEC21”. O programa TEC21 responde a um novo perfil de aluno, o prepara para ir em busca de solução dos problemas, desenvolve as habilidades profissionais de uma maneira direcionada e intencional e cria de forma organizada  experiências e conteúdos de aprendizagem de acordo com as novas demandas da realidade.

“O nosso programa é uma aprendizagem baseada em desafios, que oferece flexibilidade, professores inspiradores e experiências memoráveis para os nossos alunos. E o desafio é uma experiência projetada para expor o aluno a um problema real e desafiador no ambiente em que vive com a intenção de fazê-lo atingir os níveis de domínio das subcompetências, e assim avançar no desenvolvimento das competências consideradas essenciais para sua formação”, detalhou.

Já o professor Kelly Parke, que fará sua apresentação na VII Semana no dia 25 de maio, falou sobre “Inteligência Artificial aplicada na sala de aula”. Responsável por desenvolver vários projetos de IA em setores do Governo do Canadá, o especialista disse que “máquinas não podem responder às emoções e que os aspectos humanos ajudam muito no design da IA”. Em seguida, ele respondeu às perguntas dos participantes do webinar.

Em uma delas, Parke disse que uma instituição substituir um professor pelo ensino robotizado é um grande erro. “A IA é apenas uma ferramenta que ajuda o professor a guiar os alunos para o aprimoramento de suas habilidades, e que é apenas assistente do professor, e não deve ser seu substituto”.

Sobre os desafios regulatórios nos países em torno da IA, da aceitação cultural e dos investimentos, o professor Parke disse que os brasileiros devem ter a mesma preocupação que americanos e canadenses têm em relação à IA. E ensinou que o melhor caminho é iniciar projetos de IA vagarosamente, “com pequenas modificações ao longo do tempo, com objetivos bem compreensíveis, e fazendo um acompanhamento de como as pessoas estão se adaptando à IA para evitar grandes investimentos de imediato e a não aceitação por parte dos seus usuários”.

Nos aspectos mais éticos, em relação ao uso dos dados, o professor Parke explicou que “a Universidade de York levou 6 meses com advogados para criar um projeto com acordos entre a instituição e os alunos na coleta e uso de todos as informações registradas no banco de dados, com permissão e confiabilidade dos usuários e suas respectivas assinaturas aprovatórias”.