Nesta quinta-feira (24), das 16h15 às 18h, o VIII Fórum Internacional de Inovação Acadêmica, realizado pelo Consórcio STHEM Brasil com apoio da Unifenas, teve um segundo momento de apresentações por docentes de instituições de todo o país, e de 80 resumos extendidos nas áreas de Educação e Tecnologia, Gestão e Ações junto à Comunidade, que foram divididos em 9 salas on-line e simultâneas. Durante os 3 dias de eventos serão expostos 320 trabalhos em 45 salas e os trabalhos relatados abaixo foram escolhidos aleatoriamente.

Na sala 6, a temática foi “Educação e Tecnologia”, que abordou metodologias ativas, recursos digitais, avaliação da aprendizagem, formação docente e níveis de ensino. A primeira apresentação “World Café” como ferramenta auxiliar de aprendizagem ativa nas aulas de anatomia humana para o curso de medicina” ficou por conta do professor Bruno Luis Lima Soares, que explicou como aplicar a metodologia que incentiva a conversação em grupo e o trabalho colaborativo em sala de aula.

Em seguida foi a vez de Giselle Maria Ferreira Lima Verde com o trabalho “Utilizando das Mídias Sociais como Aliadas no Processo Ensino-Aprendizagem”, em que apontou o desafio de engajar os alunos nativos digitais com aulas mais atrativas e que fujam do modelo tradicional. Segundo ela, “as redes sociais digitais favorecem novas oportunidades para a educação, contribuindo para contornar a distância física e temporal, viabilizando interações sociais enriquecedoras em benefício da aprendizagem”. Além disso, a professora afirmou que o resultado do uso das redes sociais em sala de aula tem sido a maior interação entre alunos, maior interesse e participação ativa favorecendo o processo ensino-aprendizagem.

O docente Pedro Arruda Junior apresentou o trabalho “Utilização de memes como recurso de engajamento e participação em disciplinas preponderantemente teóricas”, no qual apresentou a metodologia que tem utilizado em suas aulas, especialmente na disciplina de História do Direito, que conta com conteúdo teórico mais denso. De acordo com ele, a utilização de memes possibilita um processo de acolhimento e o alinhamento da linguagem, sendo que com isso os alunos se sentem parte do processo, o que traz mais engajamento e torna viável a aprendizagem no lúdico.

Por último, a professora Karina Bradaschia Rocha expôs o projeto “Utilizando técnicas de aprendizagem cooperativa no ensino de integral dupla: método Jigsaw”, desenvolvido por ela em parceria com Eloiza Gomes e Juliana Martins Philot, todas do Instituto Mauá de Tecnologia. Karina explicou a aplicação do método, que tem como propósito que o estudante, individualmente, coopere com algum conhecimento que só ele pode transmitir ao grupo. Como resultados, o método fez com que os alunos fossem mais pró-ativos e preocupados em detalhar todos os passos da resolução dos exercícios propostos em aula e também responsáveis com o aprendizado deles e dos colegas.

Já na sala 1, os trabalhos foram todos sobre Gestão, envolvendo planejamento, controle, projetos pedagógicos, avaliação de processos e mudança organizacional.

“A importância do psicopedagogo nas dificuldades de aprendizagem dos colaboradores de uma IES” foi o 1º trabalho detalhado por Sérgio Ricardo Bezerra dos Santos, diretor geral da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba (Grupo Afya). “Por meio da Toxiconomia de Bloom pudemos, por meio de pesquisas, entender qual o processo de maturidade que a instituição tem, conhecer e compreender as atribuições do setor, suas dificuldades e as melhores práticas pedagógicas que podem ser aplicadas, além do nível de aprendizagem dos docentes e colaboradores para que consigam desenvolver mais a cooperação, com sentimento de pertencimento, ou seja, sair da implicitude e caminhar para a explicitude”.

A advogada Tereza Cristina Sader Vilar apresentou o 2º trabalho, implantado no Curso de Direito da FASA, “A utilização da comunicação não violenta como forma de alcançar o objetivo almejado no processo de aprendizagem”. “O objetivo da pesquisa foi averiguar a mobilização de alunos e professores e a dificuldade de olhar olho no olho no período da pandemia, para fazer uma reflexão da dimensão dos conflitos e o impacto que a Covid-19 causou com a dificuldade de comunicação no sistema on-line. Criamos mecanismos para a utilização da comunicação não violenta para minimizar as interações no sistema on-line e garantir o protagonismo dos nossos alunos, solucionando conflitos de forma geral e propicionando um ambiente mais favorável e um diálogo mais positivo entre todos”.

Larissa Jácomo Barros Silvestre, gestora de pesquisa e extensão do ITPAC Porto Nacional (Grupo Afya), em Tocantins, apresentou o trabalho “Criação da  Revista Científica de acesso aberto em formato digital – O caso da Revista  Científica do Tocantins, ITPAC Porto”. “Não havia uma revista científica e nós sentimos a necessidade de alavancar a pesquisa científica de nossos alunos. Optamos pelo formato digital e periodicidade semestral. Lançada em dezembro de 2021, a primeira edição tem 40 trabalhos em PDF reunidos em artigos científicos, estudo de casos e relato de experiências e, para as próximas edições, pretendemos deixar abertas para a consulta e leitura da comunidade em geral”.

“O uso de um concurso cultural como metodologia para abordar o tema: sustentabilidade”, apresentado por Yamba Carla Lara Pereira, da ITPAC de Palmas (TO), apresentou um trabalho para ressignificar o lixo, inclusive o da saúde, que segundo a docente “é muito rico”. Para isso, “foi criado um Concurso Cultural e sugerido as equipes de docentes e coordenadores a incentivar nossos alunos a sair da caixa e criar objetos, instrumentos e obras de arte com descartes da saúde. O ganhador montou um porta objetos com restos de tubetes de anestésico e foi premiado”.

“Trilha de desenvolvimento interpessoal” foi o trabalho apresentado pela psicóloga do Núcleo de Atendimento de alunos e ex-alunos da UNIDEP de Pato Branco, Brenda Gabriela Favretto da Silva. “Propomos que os colégios da região recebessem a visita dos professores da UNIDEP, com três visitas em cada escola, para 3 trilhas do conhecimento: saúde, inovação e orientação profissional. Criamos a Estrada do Game para engajar os alunos nas 3 trilhas. Os alunos estavam concorrendo a bolsas de estudo.  No final, o game contemplou 11 colégios da rede pública e envolveu 300 estudantes e os 10 primeiros classificados ganharam bolsas de estudo parciais e o primeiro colocado recebeu uma bolsa integral”.

“Qualificação profissional no atendimento de pessoas surdas no serviço de uma IES privada e seu Centro Integrado de Saúde” foi o trabalho apresentado por Sandra Vieira de Oliveira da UNINOVAFAPI. “Nós temos um programa de saúde antigo e fazemos o acompanhamento da população com surdez em todo o estado do Piauí.  Mas notamos que era preciso ter o mínimo de comunicação com essa população. Criamos cursos de férias que tem proporcionado qualificação de nossos colaboradores, em Libras, para poder atender com empatia e clareza as pessoas com deficiências auditivas que chegam em nosso atendimento. E queremos alcançar voos mais altos, levando o nosso projeto a todas as instituições do país”.

Joara Cunha Santos Mendes Gonçalves, docente da IEVASP no Piauí, apresentou “Quarta-feira da CPA: uma estratégia de sensibilização e apropriação em uma IES”. O trabalho objetivou sensibilizar todos os setores da instituição a aplicar questionários para ter informações e fortalecer o diálogo com a comunidade acadêmica, simplificando o processo de atender e entregar dados para a Comissão Própria de Avaliação (CPA). “Toda quarta-feira vestimos a vestimenta da CPA em busca de maior excelência. Trabalhamos reuniões intersetoriais, temos os líderes e representantes de turmas, colaboradores, e conseguimos trazer toda a comunidade acadêmica para aumentar a adesão no período avaliativo e em outros dias da semana. Fizemos esse trabalho por meio de sensibilizações, saraus, e cafés, e conseguimos alcançar a nossa comunidade”.

Talyta Resende de Oliveira, que está a apenas cinco meses na coordenação acadêmica da FMIT (Grupo Afya), de Itajubá, apresentou o trabalho “O uso do Sharepoint como ferramenta de comunicação para a gestão acadêmica no ensino superior”. “Com essa ferramenta, que é comum no Outlook, potencializamos nossas reuniões que ficam menos cansativas e mais produtivas. Por meio de um formulário, onde cria-se um documento com todos os resumos que precisamos tratar nos encontros do dia a dia, temos como proposta discutir os conflitos e, além disso, cada núcleo de docentes e coordenadores de cursos ficam encarregados de trazerem sempre uma inovação. Os resultados são compartilhados por todos e todos ganham”, contou.

Nesta sexta-feira (25) o VIII Fórum Internacional de Inovação Acadêmica contará com mais uma série de apresentações de trabalhos que acontecerão das 9h às 12h15, encerrando o evento.