Profa. Me. Michele Achcar Colla de Oliveira, coordenadora de operações acadêmica da Unifeob.

Fonte: Divulgação/Unifeob

A “Experiência Unifeob na virtualização das atividades acadêmicas e pedagógicas” foi o tema, nesta sexta-feira (3), do 6º webinar da série de nove eventos que estão sendo realizados pelo Consórcio STHEM Brasil, em parceria com o Semesp. A coordenadora de operações acadêmicas da instituição, Profª Me. Michele Achcar Colla de Oliveira, relata que durante a quarentena do novo coronavírus a Unifeob teve que criar, em pouquíssimo tempo, um comitê de gestão de crise, “com o objetivo de alinharmos equipes acadêmicas e administrativas para a virtualização dos cursos presenciais, estruturação da TI no desenvolvimento de fluxos e processos digitais, com foco no estudante, os ensalando no Google Classroom”.

A divisão de ações, segundo a educadora, segue o Projeto Institucional e Pedagógico da universidade, “com foco na aprendizagem significativa dos estudantes, formação por competências (conhecimento, habilidades e atitudes) e planejamento de cada curso de graduação e pós-graduação estruturado em competências técnicas e atitudinais, além de manter o calendário acadêmico”.

“Estamos localizados em São João da Boa Vista, interior de São Paulo, e atendemos 4.500 alunos em cursos presenciais que são de 40 cidades no entorno”, conta Michele. “Temos um lema que é não deixar de atender ninguém e percebemos que, nesse momento, se não fizéssemos o aluno se sentir acolhido, haveria uma grande evasão. Não é o que desejamos, e por essa razão criamos também um Programa de Financiamento Institucional Emergencial e já recebemos pedidos de 150 alunos com dificuldades de pagar suas mensalidades”, relata Michele. A solução encontrada pela Unifeob foi analisar caso a caso e postergar as mensalidades não pagas agora pelos alunos com dificuldades financeiras para o último ano de formação e após a formatura.

Para que a Unifeob cumprisse a legislação vigente, garantindo aos seus estudantes a continuidade das aulas, agora on-line, execução de projetos e realização de avaliações em ambiente virtual, o primeiro passo foi dar total apoio aos professores com capacitação. O segundo passo foi abrir canais de discussão entre discentes e docentes por meio de Whatsapp. “Todos os dias são realizadas reuniões entre reitores, gestores, diretoria acadêmica, coordenadores de curso, comitês financeiro e jurídico por meio de Lives que dão feedbacks aos planos e ações emergenciais”, enumera  a educadora.

Nas estratégias acadêmicas e pedagógicas, o foco foi a valorização do corpo docente e de seu histórico de capacitação permanente e a criação de estratégias para o acolhimento dos estudantes. “Estimulamos os professores a montar grupos para acompanhar de 6 a 7 alunos  na função de orientadores e os alunos a criar ações para ajudar uns aos outros, além de embaixadores de cada curso que levam as dificuldades dos alunos para os mestres”, explica Michele. Os resultados foram atingidos e a coordenadora dá como exemplo uma aluna do último ano de Direito que criou um vídeo onde explica como realizar pesquisas no Google sobre a matéria para iniciantes do curso.

Para mensurar o resultado das aulas remotas foi criado na plataforma Google Classroom um canal Via Chat Unifeob, que faz perguntas diárias para os alunos sobre determinadas ações pedindo uma avaliação até 5 estrelas. Foi criado também uma Avaliação da Competência Atitudinal, feita pelos professores, com notas que vão de zero a 1,5 para medir a presença dos alunos nas aulas e atividades síncronas.

Outra grande dificuldade, no momento, é virtualizar as aulas na área de Ciências da Saúde. “Nossos cursos de Medicina Veterinária, Biomedicina, Enfermagem e Fisioterapia estão sendo focados nesse semestre com conteúdos teóricos e estamos adiando as práticas para o segundo semestre. No entanto já estamos estudando o uso de simuladores caso essa crise se prolongue”, conclui a coordenadora de operações acadêmicas da Unifeob.