Fonte: Divulgação Toledo Prudente/Leonardo Ribelatto Lepre, coordenador de Inovação Acadêmica.

O coordenador de Inovação Acadêmica da Toledo Prudente Centro Universitário, Leonardo Ribelatto Lepre, abriu sua apresentação no webinar “[RE]apreender – metodologias ativas e tecnologia unidas para continuidade das aulas”, realizado nesta segunda-feira (dia 6) pelo pelo Consórcio STHEM Brasil em parceria com o Semesp, contando os desafios que a instituição teve que enfrentar para manter seus alunos em aula, mesmo on-line, com uma comunicação transparente, agilidade e flexibilidade suficientes para atender a reitoria, coordenadores de curso, professores e alunos durante a quarentena do coronavírus.

“A primeira batalha que enfrentamos foi convencer todos os alunos de cursos presenciais que era preciso que se conectassem todos os dias, no mesmo horário das aulas, das 19h às 22h40, na plataforma Google Meet, para acompanharem suas aulas normalmente”, conta Lepre. Mas antes que a comunicação fosse feita aos alunos, a instituição montou um comitê de crise e um subcomitê acadêmico suspendendo as aulas dos alunos por uma semana.

“Fizemos uma lista de prioridades. A primeira foi escolher a tecnologia que seria usada pelos alunos e como dar suporte para as equipes de apoio dos coordenadores de cursos e professores para manter as aulas tornando o espaço de aprendizagem de modo a replicar a realidade do presencial com velocidade no on-line”, lembra Lepre.

A segunda batalha, segundo o coordenador de Inovação, “foi como o professor deveria conduzir as aulas e quais metodologias usar dando continuidade aos projetos, criação de produtos e orientação de monografias e trabalhos de conclusão de curso”. Para ele, nessa etapa, “a reitora Zelly fez toda a diferença. Ela  nos disse que teríamos de reaprender uns com os outros reestruturando as metodologias e as ferramentas para cada curso”.

Foi então que o Comitê de Crise teve de lidar com cada questão em particular. “Negociamos com os fornecedores, que foram muito solícitos, para instalar softwares na casa dos alunos para que a casa deles se transformasse em sala de aula presenciais com o objetivo de continuarem seus projetos, além de alinhar a questão das licenças de uso”, relembra Lepre. Também os professores passaram a se desenvolver e usar ferramentas que não usavam antes e, a partir daí, foram escritos tutoriais e disponibilizados na plataforma Google Meet para que todos acessassem.

Os Grupos de Apoio para professores e alunos também foram importantes e um telefone foi colocado no Departamento de TI para dar suporte em tempo integral a todos. “Os alunos tiveram de acessar das suas casas seus equipamentos sem ir pessoalmente ao laboratório da faculdade e por múltiplas vezes todos testaram, testaram e testaram seus programas e ferramentas”, lembra Lepre.

A terceira batalha foi escolher a melhor forma de comunicar todos. “Transparência e união do grupo foram os ingredientes do sucesso da flexilização da aprendizagem”. A quarta batalha, segundo Lepre, ainda está começando. “A avaliação dos alunos deve acontecer o tempo todo até o dia 14 de abril, quando possivelmente termina a quarentena, mas por meio de questionários qualitativos fizemos perguntas a alunos e professores para que apontassem os lados positivo e negativo das ações e tivemos um feedback muito positivo até agora”, explica o coordenador de Inovação.

Segundo Lepre, “o lado negativo da avaliação sempre aponta para o afastamento do aluno do presencial e do convívio social”. Agora, a Toledo Prudente tem em mãos a etapa em que vai repensar os processos de avaliação na aplicação de provas e em disciplinar mais práticas, como nos cursos de gastronomia, engenharias, saúde e negócios.

“Todos os processos de avaliação estão sendo pensados. Um deles é as provas serem substituídas por criação de seminários on-line, fóruns de debates, e por que não transformar as aulas de culinária presenciais em chats com preparo de pratos na cozinha dos alunos”, sugere Lepre e finaliza dizendo que “o engajamento e a união de alunos e professores tem sido os fatores de sucesso das aulas remotas da Toledo”.