Na segunda parte do 2º dia on-line do IX Programa de Formação de Professores do Consórcio STHEM Brasil, Deyra Charles Estrada, especialista do Instituto Tecnológico de Monterrey na concepção de cursos de formação e experiências de aprendizagem que incorporam aprendizagem ativa, educação e avaliação por competências e aprendizagem baseada em desafios, focou sua apresentação em como aplicar a flexibilidade de aprendizagem em sala de aula.

Segundo a expositora, “a flexibilidade na aprendizagem concentra-se em proporcionar ao aluno um ambiente para ‘o que ele vai aprender’; ‘como vai aprender’, ‘quando vai aprender’ e ‘onde vai aprender’”. Para definir esse ambiente de aulas mais flexíveis, há cinco âmbitos a serem considerados: tempo, conteúdo, requesitos de entrega, modalidade e nos recursos e na logística de entrega.

Segundo Deyra Estrada, “para flexibilizar o aprendizado não é necessário criar recursos educacionais e ferramentas tecnológicas do zero. A curadoria de recursos é uma alternativa para tornar o processo de implementação mais fácil, rápido e eficaz”.

Outra forma de flexibilizar o aprendizado é fazer uso do Modelo Positivo, que também tem cinco elementos, denomindos PERMA, que podem ser usados apenas alguns, ou todos ao mesmo tempo:

P – Emoções positivas – Como gerar um ambiente de conforto e empatia para que o aluno se sinta em segurança, participativo e colaborativo. A devolutiva é significativa porque os professores geram esse ambiente de confiança e o aluno se sente ouvido e considera que tem alguém preocupado com ele.

E – Engajamento e envolvimento do aluno como contribuinte e participante das atividades em sala de aula.

R – Relações positivas sugerem um ambiente de respeito, de amabilidade e de participação.

M – Momentos-chave na aula que fazem com que a aula seja significativa para o aluno, e depois que os docentes reconheçam os alunos com seus melhores desempenhos.

A – Assegurar o bom desempenho, a conquista do aluno, reconhecer quando as coisas estão sendo feitas e muito bem feitas.

Segundo a especialista, “contribuir com os elementos PERMA leva o aluno para o estado de flow = fluxo, ou seja, quando perde a noção do tempo e do espaço porque está curtindo o momento, envolvido com a aula e no trabalho que está executando, e tudo que os professores mais querem é levar o aluno para esse estado”.

O presidente do Consórcio STHEM Brasil, Fábio Reis, finalizou a formação agradecendo a todos os participantes e as docentes do Instituto Tecnológico de Monterrey que ministraram as aulas. “Discutimos nesses quatro dias, dois presenciais e dois on-line, ideias de como melhorar a formação, se está muito intenso o ritmo de aprendizado, e as professoras do Tec. de Monterrey prestaram muita atenção a todos os comentários feitos pelos participantes, para cada vez mais melhorarmos o nosso trabalho. Mesmo com a pandemia, criamos outras formas de capacitação e estamos experimentando cada vez mais, para chegar a um conteúdo que seja satisfatório a todos os professores aqui presentes, porque é para isso que o Consórcio existe”.