“Os desafios da educação na área de saúde durante e após o Covid” foi o quinto webinar da nova série de seis conferências digitais que o Consórcio STHEM Brasil, em parceria com o Semesp, realizou nessa quinta-feira (30), com a participação do Prof. Dr. Virgílio Deloy Capobianco Gibbon, CEO da Afya Educacional, empresa tecnológica vocacionada a cuidar de toda a jornada profissional do médico, desde a graduação até a pós-graduação, e que reúne em sua plataforma 6.600 alunos de medicina, 12.800 cursos preparatórios para residência médica e educação continuada e 1.600 em pós-graduação médica.

“A partir da união da NRE Educacional, maior grupo de faculdades de Medicina do país, com a Medcel, empresa líder em cursos preparatórios para residência médica, especializações e atualizações, nós criamos a Plataforma Digital Afya, que integraliza a carreira do profissional da área de saúde e especificamente na Medicina, seguindo quatro pilares: graduação, cursos preparatórios para residência médica, cursos de especialização e educação continuada”, explicou Gibbon.

Segundo o executivo, “há todo um ecossistema centralizado na carreira do médico, integrando metodologias inovadoras, baseadas em dados, por meio da Plataforma Digital Afya e em ambiente operacional que funciona em rede onde estão conectados alunos com escolas de Medicina, clínicas e hospitais parceiros e cursos (B2B)”.

Em seguida, Gibbon detalhou o impacto da Covid-19 nas operações da Afya e os conteúdos que a plataforma vem disponibilizando para alunos, professores e instituições de ensino de todo o país durante o período de pandemia. “Em 17 de março paramos todas as nossas aulas, no dia 19 já estávamos trabalhando em home office, no dia 20 abrimos o acesso à plataforma não só para nossas 40 instituições parceiras mas para todas as instituições do país, dia 25 voltamos nossas aulas teóricas de forma síncrona e assíncrona para todos os nossos cursos da área de saúde, e no dia 30 para os cursos específicos de Medicina”, lembrou.

Para o executivo o mês de março foi impactante e completamente diferente no histórico da Afya. “Fizemos mais de 20 treinamentos específicos para mais de 1,5 mil docentes, o engajamento e o empenho de todos foi muito gratificante. Foram 160 mil horas de treinamento, 3 mil disciplinas funcionando on-line e 30 mil alunos conectados em nossa plataforma”.

Gibbon destacou a importância do conteúdo da plataforma com acesso as 1.500 aulas por meio de vídeos, 1.400 podcasts, 600 capítulos de livros e uma Web Série Educativa gravada em um hospital, com a participação de 8 médicos e 80 atores. “Tivemos mais de 40 mil usuários nos 12 episódios da série, com uma taxa de 84% de engajamento, e já estamos pensando em produzir novos episódios”, revelou.

Outra novidade da PDU já em operação é o Protótipo do Sistema de Reconhecimento Facial por meio de holografia, para medir a temperatura da participação dos alunos. “As aulas com abrangência nacional e internacional são mediadas por holografia, em tempo real, e as interações são ativadas por um sistema de reconhecimento facial integrado aos sistemas de graduação e pós-graduação. Quando a temperatura do aluno começa a aumentar aparece uma tarja vermelha em sua face”.

Agora em abril a Afya tem reforçado ações para o combate à pandemia. “Fizemos parcerias com as secretarias de saúde e instituições hospitalares de 13 municípios, grande parte no Norte e Nordeste, lançamos um curso de ventilação mecânica de forma gratuita e vamos doar equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde, além de kits de teste rápido para Covid-19. E de 4 a 7 de maio faremos uma série de webinares no You Tube mostrando o que profissionais de saúde estão fazendo no mundo para reduzir o coronavírus”, afirmou Gibbon.

Nas respostas aos participantes do webinar, Gibbon disse que é hora de todas as instituições irem em busca de soluções para as dificuldades financeiras de seus alunos. “Estamos parcelando mensalidades de alunos que têm dificuldades financeiras, embora a Medicina seja um projeto de vida, não só para os alunos, mas para suas famílias, e a evasão e a inadimplência tendam a ser menores”, disse. E ainda ressaltou a importância da telemedicina na atual conjuntura. “A legislação brasileira precisa caminhar para implantar a telemedicina de uma vez por todas no Brasil, como já acontece em outros países, porque a sociedade médica já está puxando essa linha de discussão e o mercado de trabalho, com tantas mudanças exigidas pelo coronavírus, vai precisar muito da telemedicina”.