Ao discorrer sobre o tema Construa um novo modelo para o Admirável Mundo Novo!,  na palestra de abertura do seminário sobre ambientes híbridos realizado pelo STHEM Brasil, o Prof. Dale P. Johnson, diretor de Inovação Digital do Design Institute da Universidade Estadual do Arizona, destacou “a importância de introduzirmos esperança na nossa conversa, com foco no futuro”. Para o diretor da ASU, inserir o aluno no processo de aprendizagem ativa é parte da solução.

O 1º Seminário O Admirável Mundo Novo da Educação Superior em Ambientes Híbridos é uma parceria do Consórcio STHEM Brasil com a Universidade de Coimbra e tem como coorganizadores o Semesp, a Universidade Estadual do Arizona, o Instituto Tecnológico de Monterrey e a Unicamp.

“Vivemos em um momento de transformação que oferece oportunidades. E precisamos adaptar os nossos processos, repensando as necessidades educacionais dos nossos estudantes. O desafio é descobrir como a aprendizagem ativa pode funcionar nesse contexto trazido pela pandemia da Covid-19”, afirmou.

Segundo o Prof. Johnson,”a Covid transformou todos nós em aprendizes, e temos que olhar para o entorno do nosso ambiente acadêmico para descobrir como as novas experiências tecnológicas estão presentes nas nossas vidas neste momento, e enfrentar o desafio de trabalhar novos modelos utilizando os  recursos disponíveis, com o objetivo de oferecer aos alunos os insights que atendam às suas expectativas e às suas necessidades de aprendizagem”

Ao apresentar as experiências metodológicas que vêm sendo adotadas na Universidade Estadual do Arizona, o palestrante revelou as mudanças que permitiram à instituição sair de uma situação de 40% de evasão de alunos e atingir o objetivo de 10%, respeitando a individualidade de cada aluno.

“No mundo atual temos uma grande dificuldade de reter a atenção dos alunos, seja na sala de aula ou em casa, competindo com as novas tecnologias, que estão presentes nos computadores ou nos celulares desses estudantes”, disse o palestrante. “Precisamos mudar a pedagogia e nos adaptar ao novo ambiente, transformando a maneira como usamos a tecnologia para ganhar a atenção dos estudantes.”

Segundo Johnson, não se trata mais de fazer palestras da forma antiga, mas de desenvolver atividades de solução de problemas, utilizando a ferramenta certa, adotando processos de aprendizagem ativa. “Quanto mais cedo os alunos puderem utilizar suas capacidades de analytics, mais cedo se engajarão no processo ativo de aprendizagem, e para isso precisamos oferecer um mix diferente de tecnologia e de aprendizagem, desenvolvendo a colaboração, a comunicação, o pensamento critico e a criatividade, habilidades que permitirão aos alunos  aprender como resolver problemas a vida toda quando se tornarem profissionais”, afirmou.

O diretor da ASU destacou a importância de estimular professores e estudantes a trabalhar em equipe, lembrando que isso a “acaba criando uma grande rede social no processo de aprendizagem, com uma forte conexão, que ajuda a obter mais sucesso”.

Lembrando que, com a adoção de metodologias on-line, os alunos conseguem assistir às aulas quantas vezes quiserem, para entender o conceito, o palestrante destacou que ”se trata de um valor agregado, que não.representa uma ameaça para o corpo docente, e é uma oportunidade para aqueles que estão aprendendo”.

Para tanto, Jonhson considera a importância de transformar a experiência de transmissão de conhecimento. “O professor deve mudar de ser palestrante para ser líder. Ele deve liderar o processo de aprendizagem, e isso é o que os professores estão fazendo, agora, se engajando, dando feedback e ajudando os alunos a terem uma experiência direta. É uma ideia nova e leva algum tempo para que as pessoas entendam.  Mais do que nunca precisamos dos professore, mas eles precisarão aprender a utilizar as novas tecnologias e oferecer instrução personalizada, individualizada e para pequenas equipes”, afirmou. Para o palestrante, “o professor vai liderar o processo de solução de problemas, e temos que começar desde o primeiro ano”.

“Não conseguiremos resultados lutando contra as coisas. Precisamos inspirar e dar esperança a professores e alunos para fazer essa transição para o mundo pós-Covid. Estamos falando de uma comunidade que está aprendendo a cada dia, e ficamos felizes em colaborar para essa visão do futuro”, finalizou.