A professora Ana Valéria S. Almeida Reis, diretora de Inovação da Faculdade Santo Ângelo (FASA), apresentou nessa quarta-feira (25) uma metodologia ativa, onde o professor proporciona discussões de um determinado estudo de caso com o objetivo de desenvolver em seus alunos habilidades de escrita, de análise e de persuasão, além de se comunicarem de modo convincente. A palestra aconteceu durante o 1º Seminário O Admirável Mundo Novo da Educação Superior em Ambientes Híbridos, realizado pelo Consórcio STHEM Brasil em parceria com a Universidade de Coimbra e coorganização do Semesp, da Universidade Estadual do Arizona, do Instituto Tecnológico de Monterrey e a da Unicamp.

“O estudo de caso é uma metodologia ativa que tanto pode ser usada no ensino presencial quanto no remoto. Ele tira todos da zona de conforto. Apresenta diferentes nuances, possibilidades e formas para que cada caso seja analisado, além de criar vínculos de confiança entre o professor, o próprio método, e os alunos e também ajuda os estudantes a omitir opiniões, melhorar a confiança em si mesmos, combater a ansiedade e a serem mais  pacientes”, enfatiza a educadora.

No entanto, aplicar o estudo de caso não é tão simples quanto parece. “O professor tem de pensar no programa acadêmico e selecionar o estudo de caso específico para atingir cada objetivo de aprendizagem. Para que o aluno apreenda de fato e absorva o caso há duas maneiras: nas discussões orais e nas tarefas escritas. E no programa acadêmico é preciso montar um cronograma para que essas tarefas sejam cumpridas”.

Segundo Ana Valéria o professor precisa fazer a lição de casa. “Ao escolher um estudo de caso, temos de estar atentos ao perfil do estudante e considerar o nosso contexto, a nossa realidade, não basta escolher a metodologia mas se enquadrar nela, para que ela seja positiva para o professor e para os alunos. O professor precisa ler e reler muitas vezes o caso, porque a cada leitura ele irá descobrir novos elementos, informações e perspectivas de ação do autor. E o aluno também precisa ler e reler o texto”, ensina.

No estudo de caso há três etapas que dizem respeito ao leitor ativo: receber, encontrar e produzir. “O aluno recebe o texto, os dados e  as informações e faz a leitura. Em seguida ele deve encontrar e significar todo todo um conjunto de competências de analisar, interpretar, argumentar, persuadir e buscar soluções para o caso apresentado. E a terceira parte o de produzir o texto, apresentando as suas próprias ideias e opiniões, com contextos e soluções”.

Por fim, a educadora enfatizou os quatro tipos mais comuns de estudo de caso. “Temos os casos que trabalham com problemas, com decisões, com avaliações e os de regras, mas os mais comuns são os casos que trabalham com problemas. O resultado já vai estar no texto, mas o que nós vamos fazer com os nossos estudantes é ver como está o problema, se a situação foi bem resolvida e se poderia ser resolvida de outras formas”, concluiu.

Em breve o STHEM Brasil oferecerá um curso completo dos tipos diferenciados do estudo de caso: “Estudo de casos: espelhos de conhecimentos e competências”. Fiquem atentos ao site do STHEM Brasil!

E atenção: todas as palestras serão disponibilizadas também no Canal STHEM Brasil do You Tube.