Instigada pelas formações do Consórcio STHEM Brasil, a Faculdade Dom Bosco, sediada em Porto Alegre (RS), com cerca de mil alunos e 70 professores, consorciada ao STHEM há cinco anos, acaba de lançar o livro “Metodologias Ativas: práticas pedagógicas para salas de aula contemporâneas”, uma coletânea de artigos desenvolvidos pelos docentes e discentes da faculdade, antes da pandemia, e editada pelas professoras Letícia Silva Garcia, Adriana Paula Zanin Scherer e Sandra Belloli de Vargas, do Núcleo de Apoio e Inovação Pedagógica (NAeIP).

“A participação na formação do Consórcio STHEM Brasil é muito transformadora para quem faz. Eu participei, presencialmente em Lorena, três vezes. E agora on-line duas vezes. Mas estar presencialmente em Lorena foi muito transformador. E essa transformação, quando você volta para a instituição, contagia a todos. Você começa a pensar em como vai sistematizar esse contágio de aprendizados para maximizar o retorno do investimento em formação de professores e também para que isso gere uma onda de replicação do conhecimento”, diz Letícia Garcia Silva, que é também coordenadora da Área Acadêmica de Tecnologia da Informação da Dom Bosco.

Segundo Letícia, a partir das formações do consórcio, a Dom Bosco tem uma meta: publicar um livro por ano e futuramente dois. “Decidimos depois da formação no STHEM criar o Núcleo de Apoio em Inovação Pedagógica e o objetivo dele, inicialmente, era replicar as formações em metodologias ativas, que nós recebíamos em Lorena, para todos os nossos professores. O objetivo era bem modesto, só que na medida em que os aprendizados foram evoluindo e o contágio aumentando entre nós, criamos o Naipe para sistematizar todo o trabalho dos professores”.

A primeira ação desenvolvida pelo Naipe, como revela a coordenadora, foi chamar os professores para que se engajassem na sistematização dos processos. “Perguntávamos: sabemos que você faz um excelente trabalho, então quer fazer uma sistematização, e uma avaliação de impacto do seu trabalho para depois produzir trabalhos científicos, escrever artigos e publicar livro?”.

A resposta foi imediata. “Os professores vieram se engajando e criamos um processo eficiente e muito replicável de produção de artigos para qualquer instituição, em cima de práticas na sala de aula. O professor vem para o Naipe e nós já temos o formulário de projeto, os documentos de avaliação por parte do aluno e do professor, o documento de acompanhamento do Naipe e, com a produção científica é necessário coletar dados. Com os dados coletados no Naipe, devolvemos para o professor todos os dados detalhados, o que facilita para escrever o seu artigo”.

O processo de sistematização da produção de artigos resultou na edição do primeiro livro, finalizado em 20 de janeiro de 2020. “Antes os nossos professores faziam em sala de aula trabalhos muito bons, mas não havia visibilidade. A partir da sistematização dos processos começamos a receber muitos artigos e fechamos a edição do nosso primeiro livro ainda em 2020, mas por questões de impressão e levantamento de verbas, a edição saiu em março desse ano, portanto ele é um retrato de antes da pandemia”, lembra Letícia.

Dividido em 12 capítulos, o livro conta as experiências dos professores da Dom Bosco e de alunos também. “O primeiro capítulo fala de como trouxemos a experiência de Lorena e como foi criado o nosso Núcleo de Apoio em Porto Alegre que funciona como ferramenta de replicação. Depois no segundo capítulo, mostra como aproveitamos o aprendizado com o professor Oscar Miranda, em Lorena, e aplicamos na faculdade. E todos os outros capítulos nos remetem aos aprendizados que foram implementados nos cursos de tecnologia, negócios e direito, que são os cursos que trabalhávamos na época. A grande vantagem do livro é que está metodologicamente bem cuidado e é muito replicável”, detalha Letícia.

Agora a Dom Bosco já se prepara para o lançamento de um segundo e terceiro livros. “Em 2021 nós tínhamos que publicar o outro, só que em março desse ano o mundo mudou e aí complicou. Já temos o material separado, e a previsão é sair em janeiro de 2022. O livro ainda não tem nome, mas vamos trabalhar temas como a inovação e as boas práticas em sala de aula. É todo montado em cima do rescaldo da pandemia e reunirá experiências na área de engenharias e de saúde, onde ampliamos, porque na época não tínhamos a área da saúde, e também experiências em educação a distância, porque não atuávamos com EAD. E agora estamos voltando para o ensino presencial e os alunos e os professores não são mais os mesmos. O terceiro livro, que já está em projeto, pretende falar sobre esse retorno, ou seja, a reconstrução pós pandemia”.

Letícia Garcia lembra ainda que a publicação do primeiro livro da Dom Bosco só foi possível pela extrema dedicação de seus professores. “Nós promovemos muito o trabalho de nossos professores. Além de ser importante para nós institucionalmente, é também importante para o professor construir o Lattes, mas principalmente fomentar sua autoestima. Nós conseguimos manter, durante a pandemia, um nível de satisfação e motivação de nossos professores, porque eles já se sentiam valorizados”.

A coordenadora do Naipe reitera o compromisso da Dom Bosco “de ser uma  instituição sempre em inovação, renovação e movimento”, e dá como dica um link com práticas de aprendizagens colaborativas que foram debatidas em janeiro desse ano durante a segunda edição da Jornada de Aprendizagem Colaborativa. Clique aqui.

Para as instituições interessadas em adquirir o livro, entrar em contato pelo email: biblioteca@faculdadedombosco.edu.br, e falar com Tatiane. Ou pelo nº de WhatsApp da coordenação da Área Acadêmica de Tecnologia da Informação e Núcleo de Apoio e Inovação Pedagógica: (51) 93500-0035.