Em 2016, o Semesp criou o projeto Redes de Cooperação. Hoje são 13 redes que reúnem 75 IES. Há diferentes níveis de maturidade das redes e de engajamento das pessoas, o que é comum em um processo de fortalecimento da cultura de cooperação.

Uma rede de cooperação tem bons resultados (troca de informações acompanhada por mudanças estratégicas, melhoria da eficiência institucional, redução de custos institucionais, entre outros) quando há confiança entre os participantes e compromisso com os seus projetos.

De modo geral, as redes do Semesp estão bem estruturadas. Todavia, hoje quero destacar a Rede 7, que se autodenominou G7 (quando foi organizada eram sete IES, de seis estados, hoje, são nove IES, de sete estados). Quais são os fatores de sucesso do G7?

Confiança entre os gestores. Planilhas financeiras, estratégias administrativas e mudanças acadêmicas são abertamente discutidas. Não há temor em apresentar números estratégicos;

Compromisso dos gestores das IES da rede com os resultados e assiduidade (em caso de falta sem justificativa, há uma multa). Eles sabem que a participação na rede precisa fazer sentido e trazer resultados. As reuniões são semanais.

Foi criado a figura do coordenador da rede (um gestor de uma IES participante), que implementou uma metodologia de trabalho (organização e funcionamento da reunião);

Discussão prévia da pauta, que é consensuada. Os tópicos da pauta são previamente definidos e durante a semana são refinados para uma melhor apresentação;

Busca de cooperação que traga redução de custos e melhoria da performance acadêmica e administrativa;

Busca de profissionalização da gestão da rede. Foi contratada uma pessoa para gerenciar a pauta e, especialmente, dar andamento às decisões tomadas na reunião. Projetos conversados e consensuados possuem continuidade;

Busca contínua de oportunidades de cooperação.

O G7 tem uma “vida própria”, ou seja, uma agenda independente do Semesp, o que nos deixa contentes por demonstrar a maturidade da rede. A Rede Pioneira² é outra referência de boas práticas que também ganhou autonomia em sua dinâmica.

A presidente do Semesp, professora Lúcia Teixeira, tem como um dos tópicos estratégicos de sua plataforma da gestão o fortalecimento do projeto, uma continuidade de uma das prioridades da gestão do ex-presidente Hermes Ferreira Figueiredo, que apoiou sem ressalvas a criação das Redes de Cooperação. Nós que atuamos no dia a dia das redes não temos dúvidas de que o projeto irá avançar em 2021, em função das oportunidades e do foco em fortalecer e ampliar as iniciativas das redes.

Faço o convite para que busquem melhorar os resultados acadêmicos, administrativos e financeiros das IES via participação no projeto Redes de Cooperação do Semesp.

Fábio Garcia Reis – Presidente do Consórcio Sthem Brasil, Diretor de Inovação e Redes do Semesp, Diretor de Inovação da Unicesumar, Consultor de Inovação da Afya e professor do Unisal.