O segundo dia presencial do IX Programa de Formação de Professores do Consórcio STHEM Brasil, realizado nessa quarta-feira (24) no Centro Universitário Eniac, em Guarulhos (SP), contou com a presença do presidente do STHEM Brasil, Fábio Reis, e da coordenadora do Comitê de Governança do Consórcio e diretora geral de Gestão do Grupo Dom Bosco, Rebeca Murad, além de Myrna L. Alvarez Castillo, líder de experiências de ensino no Centro de Desenvolvimento Docente e Inovação Educacional (CEDDIE) do Instituto Tecnológico de Monterrey.

Fábio Reis apresentou números do Consórcio. “Somos 36 mil professores, 66 instituições de ensino superior consorciadas do Brasil e de Portugal que, juntas, reúnem 1,2 milhão de estudantes. A cada Formação que realizamos o número de professores inscritos aumenta, mas ainda faltam muitos professores aqui”, alertou.

A responsável pelo Comitê de Governança, Rebeca Murad, acrescentou: “Tenho o desafio de contribuir para a governança do STHEM Brasil, em um momento que o Consórcio amadurece e quer estruturar cada vez mais a educação brasileira. Temos um propósito muito forte. Somos instituições que estão em suas cidades e em seus núcleos, e que se disponibilizam a trocar práticas para crescer juntas cada vez mais. Esse é o centro do trabalho do STHEM, trabalhar por uma educação melhor para o país e ser referência  mundial”, afirmou.

A apresentação de Myrna Alvarez teve como tema “Plano de avaliação. Avaliação: diagnóstica, formativa e somativa”, e a educadora convocou os professores para trabalhar com a ferramenta Menti.com e definiu o que é e o que não é avaliação de desempenho, e as formas de se chegar a uma avaliação completa do aluno.

“Avaliação não é aplicação de uma série de provas e exames. Isso é medir se o estudante conseguiu alcançar os objetivos que o professor propôs.Também não é um processo que gera tensão. Sabemos que as provas geram tensão no estudante e, inclusive, nos professores que têm de revisar as provas. Avaliação também não é uma ferramenta apenas para medir o conhecimento dos estudantes. Nós esperamos que outros aspectos, como habilidades e atitudes sejam avaliados. Avaliação também não é o fim da educação, a educação tem outros fins adicionais, e é mais do que dizer ao aluno se passou de ano ou foi reprovado”, explicou a educadora.

Em seguida, Myrna Alvarez definiu avaliação: “Trata-se de um processo formativo, porque dá o feedback ao aluno de como pode melhorar, e é também um processo reflexivo, porque é o estudante que precisa se reintegrar ao processo. E a forma somativa, que ao longo de todo um semestre, ou de um ano, o aluno recebe determinadas pontuações de 0 a 100 para chegar à nota final. Também é um processo que pertence não apenas ao professor, mas também ao aluno”.

A professora também reiterou a importância de dar feedback ao aluno: “É um processo de avaliação essencial, porque permitirá não só um resultado final para o aluno, mas uma continuidade em seu aprendizado, medindo, acompanhando e revisando o seu empenho”.

Myrna Alvarez falou ainda sobre o processo metacognitivo. “Essa avaliação é o aluno quem faz, para avaliar o que falta aprender, o que deve seguir e como pode se adequar melhor. Mas não faz sozinho, o professor precisa propor isso para ele”. E finalizou com um exercício para os professores na ferramenta, fazendo um checklist das evidências, competências, produtos e conhecimento dos alunos.