Como preparar enfermeiros para receber doentes mentais na atenção básica na saúde pública? Ou futuros médicos para entender e fixar a anatomia humana? Qual o melhor método de ensino para alunos de Direito terem resultados positivos no exame da OAB?

Essas novas metodologias de ensino foram apresentadas por docentes das instituições associadas ao Consórcio STHEM Brasil, nesta quinta-feira (13), durante o 2º dia do IX Fórum STHEM Brasil de Inovação Acadêmica, nas áreas de Gestão e Estratégias Ativas de Aprendizagem. Os 270 trabalhos (84 de gestão e 186 de estratégias ativas de aprendizagem)  foram apresentados em 40 salas, no período das 9 às18 horas e assistidos por mais de 460 professores.

O PlayOAB foi uma metodologia ativa apresentada pela professora Camila Francis, da UniFECAF, aos alunos matriculados no curso de Direito do 7º semestre de 2022, candidatos do 37º Exame da Ordem dos Advogados do Brasil. “Dos 39 alunos que participaram desse programa, que consistia em dinâmicas para fixarem conteúdos das várias etapas e temas do exame da OAB, 30 foram aprovados na primeira fase”, contou.

Já a professora Rebecca Eustórgio, da Fesar, de Redenção (PA), apresentou uma metodologia que usa o barbante para os alunos de Medicina entenderem o trajeto das artérias e veias dos membros inferiores e superiores do corpo humano em sua aula de Anatomia por meio de esqueletos 3D. “O exercício é 100% prático e além de ajudar os alunos a fixarem os conteúdos teóricos da matéria teve resultado muito satisfatório, como de uma estudante que era bem tímida e conseguiu interagir com seu grupo”, disse a docente.

A pesquisadora Pollyana Estephaneli Corty Carreiro, da UniRedentor do Grupo Afya, apresentou um artigo científico sobre “Os desafios da atuação da Enfermagem na Neurodiversidade em meio acadêmico para Promoção do Conhecimento, Diagnóstico e Conscientização”. Seu trabalho teve como base a experiência com uma aluna, Letícia Aquilis Pinheiro, que a ajudou na pesquisa em função de ter uma TEA (Transtorno do Espectro Autista) nível 1 e demorar para conseguir um diagnóstico preciso. “Temos um déficit de especialização dos profissionais de enfermagem no campo da saúde mental. Muitos recebem pacientes com diversas síndromes e transtornos e não sabem diagnosticar e nem lidar com a pessoa”, finalizou.