Nesta terça-feira (23) o Consórcio STHEM Brasil realizou o segundo dia do evento “Mentoria e Transformação Digital”, com apresentações de mais cinco Grupos de Trabalho: Grupo 7 – Pelicano (Linguística, Letras e Arte); Grupo 8 – Águias da Inovação (Ciências Sociais Aplicadas); Grupo 8-B Adapte – Carlos Daniel da Silva; Grupo 8-C – Melhoria contínua EAD – Suelena Ferreira de Oliveira e Grupo 9 –  Liga da Justiça – Ciências Sociais Aplicadas – Direito. Dale Johnson, diretor de Inovação Digital da University Design Institute da Universidade do Estado do Arizona (ASU), fez a mentoria dos projetos.

Os professores Renata Fernandes Magdaleno (ESPM), Marlei Gomes da Silva Malinoski (Universidade Tuiuti) e Ronaldo Entler (FAAP) apresentaram o Grupo Pelicano com um projeto envolvendo as disciplinas de Linguística, Letras e Arte. “Discutindo com o grupo pensamos nas dificuldades que os jovens têm em relação à escrita, à interpretação e à criação de textos e buscamos sistematizar uma proposta usando ferramentas para ajudar os alunos na correção dos textos, sem deixá-los perder a criatividade”, contou Renata. A solução encontrada, segundo Marlei foi “criar uma trilha colaborativa onde o aluno pudesse caminhar por etapas e acompanhasse sua progressão na escrita, na interpretação, na correção e na criação de textos, sempre avaliado por professores, tutores e mediadores”. Finalizando, o professor Ronaldo reiterou que a última etapa da trilha “é convidar o aluno a criar um experimento mais autoral e trocar sua criação com outros alunos para exercerem a liberdade criativa e trocar transgressões da língua de modo consciente”.

O Grupo de Trabalho Águias da Inovação apresentou três projetos. O primeiro foi com os professores Sandra Belloli de Vargas (Faculdade Dom Bosco), Félix João Rossato Neto (ESPM), Felipe Tsuruta Lisboa Cruz (Usinuam) e Isabelle Brissio (Unifacig), com um projeto voltado ao engajamento de docentes das instituições participantes no uso de metodologias ativas. “Para inspirar os professores no uso de metodologias ativas produzimos um e-book compartilhando todas as experiências docentes que deram certo das instituições participantes”, contou Sandra. “O portfólio é um programa para capacitar o professor e não apenas dar um conjunto de metodologias para que ele aplique em sala de aula”, completou Felipe Cruz. “Agora a próxima etapa é integrar essas práticas fazendo adaptações aos projetos de cada instituição”, disse Félix Neto. “Podemos com o portfólio diversificar o uso de metodologias ativas nas áreas de gestão e em diferentes áreas”, complementou Isabelle.

O professor Carlos Daniel Silva (Foto), da UDF, apresentou o segundo projeto, o Adapte, embora faça parte do GT Águias da Inovação. “Criamos um projeto para adaptar os cursos de gestão às novas diretrizes curriculares sempre pensando na 4ª revolução industrial e na educação 4.0. Fizemos pesquisas com alunos dos cursos de gestão para saber como eles percebem suas habilidades, também com empresas de RH para saber quais habilidades os gestores precisam ter, e com os professores para saber como eles enxergam os alunos. Cruzamos os dados e o feedback foi excelente para trabalharmos as hard skills e soft skills e preparar nossos alunos para trabalhar habilidades mais generalistas e especialistas. O objetivo do Adapte é formar um aluno adaptado ao mercado de trabalho e ter habilidades, conhecimentos, atitudes e competências para continuar aprendendo pela vida toda”, explicou.

Suelena Ferreira de Oliveira, coordenadora dos cursos de EAD, do Centro Universitário Paraíso, em Juazeiro do Norte (Ceará), apresentou o terceiro projeto, Melhoria Contínua EAD. “Os nossos alunos têm dificuldades financeiras e por essa razão optam pelo EAD, por questão de preço baixo, mas o índice de evasão é muito alto porque muitos deles saem do ensino médio com gapes de conhecimento e abandonam os estudos. Optamos pela análise de SWOT, desenvolvemos um diagrama de causa e efeito e vamos criar artefatos no EAD que despertem o senso de pertencimento de nossos alunos para engajá-los. A ideia é fazer um estudo e um diagnóstico de como estamos no EAD para desenvolver propostas de intervenção e que reflitam na retenção de nossos  alunos mas também na entrega ao mercado de trabalho com responsabilidade”.

Por fim, o Grupo Liga da Justiça, que teve a presença em sala dos professores Marcos Aurélio Dusso (Faculdade Dom Bosco), Luiz Claudio Gonçalves Filho (Unifoa), Giselle Leite Franklin von Randow (Unifacig), Marcelo Scudeler (Unisal) e Luís Fernando Nogueira (Toledo Prudente)  apresentaram o Coopera Jur. “Os cursos de Direito possuem por lei um Núcleo de Práticas Jurídicas. O objetivo do projeto é a cooperação com instituições congregadas para os vários grupos de práticas jurídicas, a troca de experiências entre alunos e professores e a colaboração de todos na resolução dos problemas, a partir de cada experiência. Esperamos criar um banco de problemas, que é algo complicado para os núcleos individuais de cada IES, e trocarmos as experiências regionais e estaduais. Também queremos montar um banco de práticas jurídicas de várias áreas jurídicas. A partir disso implementar em cada IES os casos e de forma simulada fazer o aluno passar pelas várias etapas do processo”, finalizou Marcos Dusso.

O mediador Dale Jonhson agradeceu os trabalhos e conclui dizendo: “A transformação depende dos nossos professores. Compartilhar conhecimento é o aspecto mais valioso em tudo isso., seja de aluno para aluno ou de professor para professor.  Mas os dois níveis precisam de uma facilitação no uso da tecnologia. Precisamos encontrar uma rede social acadêmica, para que os relacionamentos construídos em workshops como o do STHEM Brasil continuem. A expansão do conhecimento depende de colaboração, comunicação, seja no Direito ou nas Ciências, não importa. Ao expandir o conhecimento precisamos expandir o acesso. Precisamos criar um modelo inclusivo para ampliação do número de alunos em nossas universidades”.