Nesta quinta-feira (25) o presidente do Consórcio STHEM Brasil, Fábio Reis, abriu o primeiro dia on-line do IX Programa de Formação dos Professores lembrando que “nascemos para cuidar, dialogar e capacitar os professores e criar dinâmicas para gerar aprendizados, porque é preciso investir cada vez mais nos docentes das IES consorciadas. Para isso, temos parceiros nacionais e internacionais e cada vez mais fortaleceremos a conexão com o Tec. de Monterrey, que cuida e prioriza a formação de seus docentes. Tudo isso para que os estudantes se encantem e se engajem com o aprendizado e as instituições façam uma educação melhor para esse país”.

Já a diretora do Tec. de Monterrey Sede Peru, Brunela Baca, afirmou que “os 118 professores convocados para o estudo em um espaço virtual terão acesso a muitas ferramentas para serem compartilhadas com outros professores com o objetivo de impactar cada vez mais alunos”.

O coordenador do Comitê de Relacionamento do STHEM Brasil e de Carreiras do CESUPA, Caio Fanha, convocou todos os docentes a responder um formulário de avaliação “que servirá como base para um trabalho com os reitores das instituições de ensino superior consorciadas para fortalecer e fomentar a educação, indicando as próximas ações para melhorar a cooperação entre as IES, desburocratizar o caminho para a inovação e organizar e propor melhorias para serem defendidas em nível mais estratégico em Brasília”.

A diretora de Treinamento e Desenvolvimento de Instituições do Tec. de Monterrey, Gisela Loya, ministrou a primeira parte da aula do período da manhã, explicando aos docentes o que é o Entorno Virtual de Aprendizagem (EVA). “Durante a pandemia exploramos diversas ferramentas de aprendizagem e começamos a perceber que no início existia uma crença de que a educação a distância era fria, mas hoje percebemos que o aluno se conecta muito mais”, disse.

Em seguida Gisela Loya enfatizou que para motivar o aluno nesse novo ensino é necessário conhecer o EVA, que é composto por quatro elementos: conhecimento, prática, feedback e reflexão. “Queremos que os nossos alunos se aprofundem na matéria, mas é necessário que eles tenham uma base, que é o conhecimento, para em seguida ter a experiência de aprendizagem de errar, se equivocar e aprender, o que os leva à prática. Essa prática dá ao professor insights sobre em que focar a energia para ajudar o aluno. Depois vem o feedback, que dá a estrutura para que o aluno possa refletir e saber qual é o plano de crescimento, e onde pode reforçar aquilo que aprendeu. Nessa etapa temos de pensar no espaço onde ele vai atuar e em situações problemáticas que ele possa resolver e ter outros colaboradores nessa solução. E, por fim, na reflexão o aluno precisa já saber o que aprender e qual a rota final de aprendizagem”.

Para que o EVA faça com que o aluno tenha uma experimentação concreta e o docente consiga identificar o tipo de atividade que irá criar para atingir os objetivos da aprendizagem do aluno, é necessário, segundo Gisela Loya, conhecer os quatro tipos de alunos:

Aluno ativo e divergente é o que levanta a mão, tem alto nível de comprometimento e não tem preconceitos. Para ele temos de ensinar atividades com alto nível de desafio para que consiga trabalhar com fluidez e desafio. Esse aluno se sente emocionado para a atividade e trabalha em equipe, é focado, e necessita de atividades curtas para trabalhar em time.

Aluno reflexivo é o que assimila mais, é observador, aborda a situação em diferentes pontos de vista, analisa as consequências das suas ações e precisa de tempo para analisar e refletir.

Aluno teórico e convergente é aquele que converte as teorias em uma lógica fundamental e sólida para tirar suas conclusões. Ele  lê muito, o pensamento tem uma forma sequencial. Ele flui com atividades desafiadoras.

Aluno pragmático e acomodador é o que, ao ver algo, quer levar à prática. Precisa de atividades com pouca informação, porque aprende na prática quando aplica a ferramenta e o conhecimento básico. Ele foca no aplicativo, quer testar e tem grande capacidade de resolução de problemas. Esse aluno procura a excelência e o feedback das atividades.

Por fim, Gisele Loya aplicou um exercício prático em grupos de docentes, para levantar aspectos da aprendizagem para serem trabalhados e captar o interesse do aluno por meio do CHIC – C= captar a atenção e interesse do aluno; H= habilitar a aprendizagem por meio de ferramentas e metodologias; I= Incluir a flexibilização de acordo com as necessidades dos alunos; e C= Criar um ambiente seguro para a aprendizagem, comunicação e avaliação.